Valor mediano de avaliação bancária foi 1.429 euros por m2 em setembro, mais 15 euros que em agosto e 193 euros que há um ano.
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Avaliação bancária de casas em Portugal a disparar
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Depois de ter caído em agosto face a julho – pela primeira vez desde março de 2020 –, o valor mediano de avaliação bancária para efeitos de concessão de crédito habitação voltou a subir em setembro. Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que o valor mediano de avaliação bancária foi 1.429 euros por metro quadrado (euros/m2) em setembro, mais 15 euros/m2 (1,1%) que em agosto e mais 193 euros/m2 (15,6%) que no período homólogo. Trata-se, de resto, do valor mais elevado desde que há registos.

“O maior aumento face ao mês anterior registou-se na Região Autónoma da Madeira (1,1%) e a única descida verificou-se na Região Autónoma dos Açores (-0,6%)”, refere o INE, salientando que em termos homólogos, em setembro de 2022 face ao mesmo mês do ano passado, a variação mais intensa ocorreu no Algarve (17,8%) e a menor na Região Autónoma da Madeira (10,5%).

Segundo o gabinete nacional de estatísticas, numa análise por regiões, em setembro de 2022, o Algarve, a Área Metropolitana de Lisboa e o Alentejo Litoral apresentaram valores de avaliação 36,7, 33% e 9,6%, respetivamente, superiores à mediana do país. Já a região do Alto Tâmega foi a que apresentou o valor mais baixo em relação à mediana do país (-47,3%).

Apartamentos valem mais 16,2% para os bancos que há um ano 

No caso concreto dos apartamentos, em setembro, o valor mediano de avaliação bancária foi 1.591 euros/m2, tendo o mesmo aumentado 16,2% relativamente ao mesmo mês do ano passado. “Os valores mais elevados foram observados no Algarve (1.949 euros/m2) e na Área Metropolitana de Lisboa (1.888 euros/m2), tendo o Alentejo registado o valor mais baixo (1.024 euros/m2). A Região Autónoma dos Açores apresentou o crescimento homólogo mais expressivo (27,2%), tendo a Região Autónoma da Madeira apresentado o menor (7,3%)”, revela o INE. 

Na variação em cadeia, ou seja, em setembro face a agosto, o valor mediano da avaliação bancária subiu 0,9%, tendo a maior subida ocorrido na Região Autónoma dos Açores (3,2%) e a menor no Norte (0,3%). 

  • O valor mediano dos T2 aumentou 10 euros, para 1.607euros/m2; 
  • O valor mediano dos T3 desceu um euro, para 1.402 euros/m2.

No conjunto, estas tipologias representaram 78,8% das avaliações de apartamentos realizadas em setembro, adianta o INE. 

Valor mediano dos apartamentos aumenta para os bancos
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Moradias valem agora 1.136 euros por m2 

Relativamente às moradias, o valor mediano da avaliação bancária foi 1.136 euros/m2 em setembro, o que representa um aumento de 13,8% face ao período homólogo.

“Os valores mais elevados observaram-se no Algarve (2.019 euros/m2) e na Área Metropolitana de Lisboa (1.961 euros/m2), tendo o Alentejo e o Centro registado os valores mais baixos (907 euros/m2 e 923 euros/m2, respetivamente). O Algarve apresentou o maior crescimento homólogo (24,4%) e o menor ocorreu na Região Autónoma dos Açores (7,4%)”, lê-se no boletim do INE. 

Em termos mensais, em setembro comparativamente com agosto, o valor mediano da avaliação bancária aumentou 0,9%, com a Área Metropolitana de Lisboa a apresentar o crescimento mais acentuado (1,8%). Já a maior descida aconteceu na Região Autónoma dos Açores (-2,3%). 

  • O valor mediano das moradias T2 subiu 38 euros, para 1.118 euros/m2;
  • O valor mediado nas moradias T3 subiu um euro, para 1.108 euros/m2;
  • O valor mediano das moradias T4 disparou 29 euros, para 1.227 euros/m2. 

No conjunto, estas tipologias representaram 88,3% das avaliações de moradias realizadas no período em análise, salienta o INE.

Número de avaliações bancárias recua 8,7% num ano

O instituto adianta que para o apuramento do valor mediano de avaliação bancária de setembro foram consideradas 25.834 avaliações, menos 8,7% que no mesmo mês do ano passado e menos 22% que em maio de 2022, mês em que se registou o máximo da série. 

“Em comparação com o período anterior [agosto], realizaram-se menos 438 avaliações bancárias, o que corresponde a um decréscimo de 1,7%”, conclui o INE.

De referir que das 25.834 avaliações realizadas em setembro, 16.325 foram apartamentos e 9.509 moradias.

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