Há estrangeiros e emigrantes portugueses que continuam a ter interesse em comprar casa com financiamento bancário em Portugal. Foi sobretudo do Reino Unido, da Suíça e da França que chegaram mais pedidos de crédito habitação ao nosso país no segundo trimestre deste ano. E, como seria de esperar, Lisboa, Porto e Faro reuniram mais de metade dos pedidos de empréstimos para comprar casa neste período, revela o relatório trimestral do idealista/créditohabitação.
Os pedidos de crédito habitação solicitados por não residentes continuam a chegar aos intermediários de crédito do idealista, apesar de haver menos benefícios fiscais destinados a estas famílias, dado o fim dos vistos gold para investimento imobiliário e o término do regime para residentes não habituais, nos antigos moldes.
A nível geral, entre abril e junho, estes não residentes pediram créditos habitação pelo valor médio de 171.541 euros (+15,8% face há um ano) para comprar casas por uma média de 214.784 euros (+4,5%). Estas famílias que solicitaram crédito auferiam rendimentos médios 8,4% mais elevados (de 5.522 euros) e pediram maiores percentagens de financiamento à banca (de 78%, em média, contra 74% no segundo trimestre de 2023).
Foi no distrito de Lisboa que se reuniu o maior número de pedidos de crédito habitação por estrangeiros e emigrantes no segundo trimestre do ano (21,6% do total). Logo a seguir está Faro (16,4%), Porto (12,7%) e Setúbal (8,5%). A completar o top 5 está Santarém com 5,4% dos pedidos. Embora a ilha da Madeira continue a ser um destino de excelência para estrangeiros, só reuniu 3,7% dos pedidos.
Já os distritos e ilhas que registaram o menor número de pedidos de crédito da casa por não residentes foram: ilha do Pico (Açores), Évora e Portalegre, mostram os dados do relatório trimestral do idealista/créditohabitação.
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Onde vivem os estrangeiros que procuram crédito habitação?
Os estrangeiros que procuram crédito habitação em Portugal vêm de diferentes partes do mundo. No segundo trimestre deste ano, foram os cidadãos residentes no Reino Unido que mais solicitaram empréstimos (18,5% do total), seguidos pelos residentes na Suíça (14,2%), em França (12,4%) e no Brasil (11,3%).
“Os proponentes dos Estados Unidos [que representaram 5,1% do total de pedidos] destacam-se com um rendimento médio do agregado familiar de 8.526 euros”, o mais elevado de todos os países de origem analisados, indica o documento. E também são aqueles que tencionam comprar casas a preços mais elevados (245.818 euros, em média), embora com uma das menores percentagens de financiamento (77%).
Mas quem pediu os créditos habitação de valor mais elevado foram mesmo os cidadãos que vivem Irlanda (que representaram 3,2% do total de solicitações). Os residentes da Irlanda pediram empréstimos bancários no nosso país no valor de 218.224 euros no segundo trimestre, para comprar casa pelo valor médio de 238.180 euros, com um financiamento de 78%.
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