Montante concedido em novos contratos de crédito habitação caiu para 1.775 milhões de euros. E taxa de juro média baixou para 3,06%.
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Novo crédito habitação
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Em abril, o montante concedido pelos bancos em novos contratos de crédito habitação abrandou face a março, tendo diminuído 195 milhões de euros, para 1.775 milhões de euros, segundo dados divulgados esta quarta-feira (6 de junho de 2025) pelo Banco de Portugal (BdP). Em queda está também a taxa de juro média dos novos empréstimos para a compra de casa, que passou de 3,13% em março para 3,06% em abril, o valor mais baixo desde dezembro de 2022. 

“Os novos contratos de empréstimos a particulares diminuíram 261 milhões de euros, para 2.532 milhões. Na finalidade habitação, o montante de novos contratos reduziu-se 195 milhões de euros, para 1.775 milhões de euros [face a março]”, indica o BdP, salientando que as novas operações de empréstimos incluem contratos novos e renegociados.  

O supervisor bancário volta a destacar o facto da procura por crédito habitação continuar a aumentar entre os jovens, sendo impulsionada pela garantia pública do Estado, bem como pelas isenções de IMT e Imposto de Selo.

“O crédito concedido a mutuários com idade igual ou inferior a 35 anos representou 58% do montante de novos contratos para habitação própria permanente concedidos em abril (excluindo os novos contratos para consolidação de crédito e as transferências de crédito para outra instituição), um ponto percentual (p.p.) acima do observado para março”, lê-se na nota. 

“As renegociações de crédito foram de 418 milhões de euros, o que corresponde a uma redução de 88 milhões em relação a março”, acrescenta a entidade liderada por Mário Centeno. 

Taxa de juro média dos novos contratos volta a cair

Relativamente à taxa de juro média das novas operações de crédito habitação, voltou a descer, tendo passado de 3,13% em março para 3,06% em abril, sendo este o valor mais baixo desde dezembro de 2022. É, de resto, a 17ª descida em 18 meses consecutivos (a exceção foi janeiro de 2025, em que subiu 0,03 p.p.).

Uma descida que se observou “quer nos novos contratos, quer nos contratos renegociados, cujas taxas médias se reduziram 0,03 p.p. e 0,17 p.p., para 3,02% e 3,26%, respetivamente”, sinaliza o BdP

Destaque ainda para o facto de no mês em análise, abril – “esta análise incide exclusivamente sobre as novas operações de empréstimos e o stock de empréstimos concedidos a particulares para habitação própria permanente” –, a maioria (73%) dos novos empréstimos para a compra de casa terem sido contratados a taxa mista (isto é, com taxa de juro fixa num período inicial do contrato, seguido de um período com taxa de juro variável). 

“O peso dos contratos a taxa mista aumentou 2 p.p. relativamente a março. Em abril, os contratos a taxa mista representavam 37% do stock de crédito habitação”, explica o regulador. 

No que diz respeito à taxa de juro média das novas operações a taxa mista, foi de 2,90% em abril, menos 0,03 p.p. que em março. “A taxa de juro média das novas operações a taxa variável foi a que mais se reduziu (0,15 p.p., para 3,20%), ficando abaixo da verificada nas operações a taxa fixa, que aumentou 0,07 p.p., para 3,61%”, conclui o BdP. 

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