
As moedas virtuais estão a rubro, mas os reguladores não parecem assim tão entusiasmados. E a verdade é que os alertas se multiplicam a cada dia que passa. Agora foi a vez da Organização Internacional das Comissões de Valores (IOSCO) – da qual a "portuguesa" CMVM faz parte – vir deixar o alerta para o perigo de fraude e para o risco de perda total do capital dos investidores.
“As ofertas iniciais de moedas (ICOs) geralmente envolvem a criação de moeda digital e a sua venda a investidores por leilão ou por subscrição, em troca de uma criptoposição como Bitcoin ou Ether (ou mais raramente para moeda nacionais como o dólar ou o euro)”, disse a organização em comunicado, alertando para o facto dessas ofertas não estarem padronizadas, sendo que o seu “enquadramento legal e regulamentar provavelmente dependerá das circunstâncias da ICO individual”.
Segundo o Jornal Económico, que se apoia no documento, “há riscos claros associados a estas ofertas". "As ICO são investimentos altamente especulativos nos quais os investidores estão a pôr em risco a totalidade do capital investido”, acrescentou a organização, que alerta os investidores para os perigos de se arriscarem a ficar sem enquadramento legal para se defenderem, se alguma coisa correr mal.
“Embora alguns operadores ofereçam oportunidades legítimas de investimento para financiar projetos ou empresas, o aumento da segmentação de ICOs para investidores por meio de canais de distribuição online por partes que geralmente estão localizadas fora da jurisdição de um investidor – que podem não estar sujeitas a regulação ou que podem operar ilegalmente em violação das leis existentes – aumenta as preocupações quanto à proteção dos investidores”, concluiu a IOSCO.
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