São 44 os créditos mais problemáticos do Novo Banco. António Ramalho, líder da instituição, recusou dar os nomes dos donos dos créditos, mas revelou terem como característica “o facto de ou serem créditos imobiliários sem garantias, ou serem créditos por exemplo à compra de empresas com garantia de ações”.
“O nosso CCA [mecanismos de capitalização contingente] está dividido em duas estruturas: 44 créditos fundamentais, em que está o grosso dos problemas, e um conjunto de créditos granulares que têm já alguns sinais de imparidades mas que são geridos como um todo”, explicou António Ramalho, citado pelo Jornal de Negócios e Antena 1, a quem concedeu uma entrevista.
Segundo o responsável, os 44 créditos mais problemáticos "têm como característica o facto de ou serem créditos imobiliários sem garantias, ou serem créditos por exemplo à compra de empresas com garantia de ações, ou serem créditos a setores sobre os quais" o banco, neste momento, não tem "apetite qualquer de risco, como seja a desportiva, os partidos políticos ou atividades religiosas, para dar um exemplo daquilo que é a definição de apetite de risco”.
O Novo Banco voltou a apresentar prejuízos históricos em 2017 – no valor de 1,395 milhões de euros –, um cenário que não permite a António Ramalho antecipar resultados. “Quero que o Novo Banco, o mais depressa possível, passe de um banco que tem problemas, em reestruturação, para um banco vencedor e com soluções”, disse o responsável. “Faremos tudo e o melhor que podermos para o banco rapidamente passar a uma fase de lucros, mas não estou num sprint de lucros, estou numa maratona de sustentabilidade”, concluiu.
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