As reclamações nos contratos de energia têm vindo a disparar. No Portal da Queixa foram registadas 161 reclamações nos primeiros sete meses de 2019 (de janeiro a julho), mais que as 155 feitas nesta rede social de consumidores online durante todo o ano de 2018. Já a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) quase duplicou os processo de contraordenação por burlas nos contratos de energia porta a porta ou via online.
O regulador está atento à situação e já emitiu vários alertas de más práticas, tendo neste momento em curso sete processos de contraordenação que incluem mudanças indevidas de comercializadores e outros sete sobre práticas comerciais desleais.
São ao todo 14 os processos instaurados pelo regulador, quando em janeiro de 2019 eram nove (quatro por mudança de comercializador sem autorização expressa do cliente e cinco por más práticas na angariação de clientes), escreve o Diário de Notícias/Dinheiro Vivo, acrescentando que contactou a EDP, a Endesa, a Iberdrola e a Goldenergy e que nenhuma confirmou ser alvo dos processos de contraordenação da ERSE.
“Na maioria das burlas, os consumidores relatam situações em que aparece uma pessoa à porta ou ao telefone, que tenta (ou consegue mesmo) mudar o contrato e só depois percebem que se trata de outra empresa que não o atual fornecedor. Geralmente fazem-se passar por funcionários da EDP”, disse fonte do Portal da Queixa, citada pela publicação.
As espanholas Endesa (84) e Iberdrola (36) são as empresas com mais reclamações até julho, sendo que em 2018 somaram 126 e 29 queixas, respetivamente.
“Apesar da Endesa ter mais reclamações, a marca apresenta 94,5 de índice de satisfação e uma taxa de solução das reclamações de 90,4%. Já a Iberdrola possui um baixo índice de satisfação (6,2) e uma taxa de solução de apenas de 5,5%”, acrescenta o Portal da Queixa.
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