
Nem os tempos de crise sanitária fizeram “mossa” às grandes fortunas do planeta, muito pelo contrário. Dados de um relatório recente do banco suíço UBS revelaram que a riqueza dos bilionários cresceu 27,5%, mesmo num contexto marcado pela subida do desemprego e por uma forte recessão económica à escala global.
De acordo com o The Guardian, que cita os dados do relatório, em apenas três meses, até junho, os super-ricos fizeram crescer as suas fortunas para um recorde de 10,2 biliões de dólares (8,6 biliões de euros). Este aumento, tal como explica o jornal, está ligado à aposta na recuperação das bolsas pelos detentores dessas fortunas quando o mercado de capitais estava no seu pior momento, entre março e abril.
De acordo com o UBS, o número de pessoas que concentra as maiores fortunas do mundo aumentou para 2.189, mais 31 pessoas que o anterior recorde, de 2017.
“Os bilionários saíram-se extremamente bem durante a crise da Covid, não apenas [eles] enfrentaram o lado negativo da tempestade, mas também ganharam o lado positivo [com a recuperação dos mercados de ações]”, refere Josef Stadler, chefe do departamento de family office global do UBS, citado pelo mesmo jornal.
Stadler refere ainda que os super-ricos foram capazes de tirar partido da crise porque compraram mais ações quando os mercados em todo o mundo estavam a cair. Desde então, os mercados de ações globais recuperaram, respondendo a grande parte das perdas. As ações de algumas empresas de tecnologia - muitas vezes pertencentes a bilionários - subiram muito, e o The Guardian recordou, por exemplo, que o homem mais rico do mundo é Jeff Bezos, fundador da Amazon, com uma fortuna de 189 mil milhões.
Para poder comentar deves entrar na tua conta