
Os fundos foram forçados, na sequência da pandemia da Covid-19, a recorrer a mecanismos como a venda de ativos para reforçar os níveis de liquidez para satisfazer eventuais pedidos de resgate. Segundo a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), nenhuma gestora suspendeu resgates, mas chegou a colocar-se a hipótese dos fundos, a dado momento, não terem dinheiro para os pagar. Os fundos registaram, em março de 2020, pedidos de saída próximos de 600 milhões de euros.
Citada pelo Jornal de Negócios, a presidente da CMVM, Gabriela Figueiredo Dias, referiu que, em 2020, materializou-se o risco de liquidez no âmbito da gestão de ativos, uma situação que afetou a “capacidade de os fundos manterem liquidez para, a todo o tempo, manterem níveis de liquidez adequados”.
Segundo a publicação, que se apoia em dados da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP), foi durante o mês de março e abril que o valor dos ativos registou as maiores desvalorizações, um período que coincidiu com um grande número de pedidos de resgate junto dos fundos nacionais. Em março, a indústria registou um volume de subscrições líquidas negativas de 596 milhões de euros, um valor que baixou – mantendo-se negativo – para 67,8 milhões de euros em abril.
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