Face a 2007 ou a 2016, o rendimento per capita só cresceu 5,5% em território nacional, mostra relatório da OCDE.
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Rendimento disponível per capita em Portugal
Foto de Alex Green en Pexels

A pandemia da Covid-19 afetou os rendimentos de muitas famílias. Mas os apoios dos Governos ajudaram a diminuir o impacto da crise no orçamento familiar, algo que se verificou nos vários países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). E Portugal não foi exceção. Mas mesmo recuperando o rendimento disponível per capita para níveis anteriores à crise, Portugal continua aquém da média da OCDE.

Os dados mais recentes do relatório "Covid-19 e bem-estar – Vida na pandemia", publicado esta quinta-feira, dia 25 de novembro de 2021, mostram que em Portugal o rendimento disponível per capita foi afetado com a chegada da pandemia, isto é, desceu logo no segundo trimestre de 2020. Mas recuperou rapidamente nos dois trimestres seguintes para níveis anteriores à crise.

Por outro lado, o que os dados também dizem sobre o território nacional é que no primeiro trimestre de 2021 o rendimento familiar dos portugueses ficou exatamente no mesmo patamar do registado no quarto trimestre de 2019 – o que evidencia uma recuperação no orçamento das famílias. Já olhando para a realidade em 2016 e em 2007, o rendimento dos portugueses só subiu 5,5%.

A verdade é que o rendimento disponível per capital em Portugal ainda está bem longe de conseguir chegar aos calcanhares da média da OCDE. Para o conseguir, este indicador teria de crescer cerca de 18% - isto considerando os dados mais recentes. De salientar que o rendimento familiar disponível per capita na OCDE saiu reforçado na pandemia, aumentando cerca de 4% entre março de 2020 e março de 2021.

Dos 23 países da OCDE com dados do primeiro trimestre de 2021 disponíveis é na Polónia, onde as famílias possuem um maior rendimento disponível – mais cerca de 25% do que a média da OCDE. Logo a seguir está o Chile e depois os Estados Unidos da América. Já no fundo da tabela está a Grécia (-37% do que a média da OCDE) e Espanha (-27%)

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