Europeus dedicam, em média, 36 anos da sua vida à profissão. E os portugueses passam mais 1 ano a trabalhar.
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Trabalhar em Portugal
Eurostat

Na União Europeia (UE), um jovem de 15 anos deverá passar, em média, 36 anos a trabalhar, segundo estimativa do Eurostat referente a 2021. Está é uma realidade que difere nos 27 Estados-membros: é na Holanda onde a vida ativa de trabalho dura mais tempo (42,5 anos) e na Roménia menos (31,3 anos). Portugal situa-se entre os países da união onde a população em idade ativa dedica mais anos a trabalhar – em média, 37,6 anos.

No espaço europeu, a duração média prevista da vida profissional aumentou de forma constante desde 2001, quando se situou nos 32,0 anos. E diminuiu pela primeira vez em 2020, quando eclodiu a pandemia da Covid-19: passou dos 35,9 anos em 2019, para 35,6 anos em 2020. Mas em 2021 voltou a subir e a fixar-se em níveis pré- pandemia (36 anos), analisa o Eurostat na nota publicada esta quarta-feira, dia 6 de junho.

Entre os 27 estados-membros da UE, a duração média prevista da vida ativa de trabalho variou muito. Em 2021, foi na Holanda (42,5 anos), na Suécia (42,3 anos) e na Dinamarca (40,3 anos), onde a população passou mais tempo a trabalhar. E, pelo contrário, as durações mais baixas da vida ativa profissional foram registadas na Roménia (31,3 anos), Itália (31,6 anos) e Grécia (32,9 anos).

Neste ranking, Portugal aparece em 10º lugar, situando-se entre os países onde as pessoas passam mais tempo a trabalhar. De acordo com os mesmos dados, os portugueses passam, em média, 37,6 anos a trabalhar – mais 1,6 anos que a média da UE. E os homens dedicam mais dois anos da sua vida à atividade profissional (38,6 anos), do que as mulheres (36,6 anos).

Vida ativa de trabalho em Portugal
Pexels

Homens passam a trabalhar quase mais 5 anos do que as mulheres

No caso dos homens, a duração esperada da vida profissional foi, em média, de 38,2 anos na UE. E as durações mais longas foram registadas nos Países Baixos (44,3 anos) e na Suécia (43,6 anos). Já na Bulgária (34,6 anos) e na Roménia (35,0 anos), os homens têm as carreiras profissionais mais curtas de todo o espaço europeu.

Para as mulheres, a duração média da vida profissional na UE foi de 33,7 anos, sendo as durações mais longas também registadas na Suécia (41,0 anos) e nos Países Baixos (40,5 anos) e as mais curtas em Itália (26,9 anos) e na Roménia (27,4 anos).

Os dados indicam que, em média, os homens trabalharam mais anos do que as mulheres. Mas o gabinete de estatística europeu destaca que “a disparidade de género diminuiu na UE com a crescente participação das mulheres no mercado de trabalho: a disparidade de género foi de +4,5 anos em 2021 em comparação com +7,0 anos em 2001”.

E onde é que a disparidade de género no mercado trabalho foi mais acentuada em 2021? De acordo com os mesmos dados, foi em Itália (+9,1 anos), seguida por Malta (+8,4 anos) e Roménia (+7,6 anos). As menores diferenças de género foram registadas na Estónia (+0,1 anos), a Letónia (+0,8 anos) e na Finlândia (+1,1 anos).

A Lituânia foi o único Estado-membro da UE onde a disparidade de género no emprego foi negativa, com as mulheres a trabalhar normalmente mais 1,3 anos do que os homens.

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