
O gás de botija (ou de garrafa) deixou de ter preços máximos a partir do dia 1 de novembro de 2022, visto que o Governo não prolongou o regime de limites de preços máximos de venda ao público, cuja portaria produzia efeitos até 31 de outubro. Também a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) não o fez, o que significa que os revendedores de botijas de gás voltam a ser livres de praticar os preços que entenderem.
Segundo o Expresso, a possibilidade de os revendedores voltarem a poder fixar livremente os preços de venda ao público do gás de botija era uma reivindicação da Anarec - Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis, que a 20 de outubro veio exigir a suspensão imediata dos limites dos preços, e outras medidas de apoio ao setor.
Citada pela publicação, a ERSE confirmou que não emitiu qualquer recomendação ao Governo para prolongar a vigência de preços máximos, que esteve em vigor nos últimos tempos. “Passado o período temporal limitado de três meses desde o início da proposta da ERSE, o mercado regressará ao regime de preços livres e a ERSE acompanhará a evolução dos preços de venda ao público e cada uma das atividades da cadeia de valor dos combustíveis simples ou do GPL [gás de petróleo liquefeito] engarrafado, dando cumprimento à Lei n.º 69-A/2021, de 21 de outubro”, revelou o regulador.
Os dados mais recentes divulgados pela Anarec concluem que o gás de botija é um produto energético consumido por cerca de dois terços das famílias portuguesas, tendo uma cobertura mais abrangente que a do gás natural, que serve atualmente cerca de 1,5 milhões de consumidores domésticos, e cujos preços são parcialmente regulados pela ERSE.

Guia para sobreviver aos aumentos dos preços do gás
Neste artigo, que publicámos em agosto, explicamos como é possível sobreviver aos aumentos dos preços do gás, que aceleraram com o aumento da inflação. Desde medidas preventivas para poupar na fatura do gás (que nunca são demais relembrar), ao preço do gás de botija, abordamos tudo o que precisas saber para fazer frente às despesas de cabeça erguida. E também explicamos as diferenças entre o mercado liberalizado e mercado regulado do gás natural em Portugal. Toma nota.
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