
Os preços dos alimentos estão a dar tréguas e produtos como o peixe, legumes, carne e vegetais começam a ficar mais baratos. A deflação a que se assiste neste momento no setor da alimentação será um sinal de que a inflação global atingiu o pico. Esta é, pelo menos, a convicção de Javier Blas, demonstrada num artigo de opinião publicado na Bloomberg.
Segundo o responsável, os preços de alguns alimentos básicos, nomeadamente do milho e do trigo, ainda estão elevados, mas analisando os dados mais ao detalhe conclui que há produtos que já estão a ficar “mais em conta”. “A deflação está agora no menu”, escreve.
Javier Blas vai mais longe, salientando que a queda nos preços dos alimentos deve dar algum “espaço para respirar” e para “desacelerar os aumentos das taxas de juros” que se têm verificado um pouco por todo o mundo – o Banco Central Europeu (BCE), por exemplo, subiu recentemente a taxa de juro diretora em 75 pontos base, colocando a taxa de refinanciamento nos 2%, a mais alta da última década.
Baseando-se em dados recentes da Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO na sigla em inglês), agência especializada das Nações Unidas que lidera os esforços internacionais para erradicar a fome no mundo, Javier Blas refere que nos últimos dois anos o índice de preços aumentou bastante, tendo-se registado subidas de preços na ordem dos 40% (em maio de 2021), um cenário que estará agora a inverter-se.
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