Nos últimos dois anos, entre aquilo que subiram os preços dos bens e serviços e a atualização do salário pago em média, quem tem saído a perder é o poder de compra das famílias. Um cenário, no entanto, que parece estar a mudar mais recentemente, com os salários a recuperarem terreno à medida que a taxa de inflação parece esta a desacelerar.
A Europa começou a assistir a um aumento da inflação em meados de 2021, na “ressaca” da pandemia, tendo o cenário agravado já em 2022, com o início da guerra na Ucrânia. Desde então, a inflação escalou, estando agora de novo a abrandar.
Segundo o Público, é normal os salários demorarem a reagir quando há um choque inflacionista na economia, tal como aconteceu nos últimos tempos. Em Portugal, apesar de uma recuperação recente, a remuneração média recebida pelos trabalhadores registou nos últimos dois anos um aumento menor do que os preços.
Apoiando-se em dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a publicação refere que a remuneração regular média paga em Portugal subiu 9,4% entre o segundo trimestre de 2021 e o mesmo período de 2023. Um valor que não chega para compensar a subida de 12,4% registada no índice de preços no consumidor durante o mesmo período, o que significa que, em média, os trabalhadores portugueses sentiram uma perda de poder de compra em torno dos 3%.
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Créditos da casa a taxa variável pressionam poder de compra, diz CE
Portugal é um dos países da zona euro em que as famílias podem sofrer perdas de poder de compra devido à subida das prestações dos créditos à habitação, pois existe uma predominância de empréstimos com taxas variáveis, alertou Bruxelas.
Portugal é o segundo país da OCDE onde o poder de compra mais desceu
A subida em flecha da taxa de inflação, acompanhada pelo aumento das taxas de juro, que fez disparar, por exemplo, as taxas Euribor e consequentemente a prestação a pagar ao banco pelo crédito habitação, está a encurtar o poder de compra das famílias. Portugal é, de resto, o segundo país da OCDE onde o poder de compra mais caiu, tendo recuado 4,14% entre o quarto trimestre de 2019 (antes da pandemia) e o terceiro trimestre de 2022.
Inflação em Portugal desce (mesmo) em julho para 3,1%
Agora é oficial: a taxa de inflação em Portugal voltou a descer em julho para 3,1%, tendo recuado 0,3 pontos percentuais (p.p.) face a junho (3,4%). Em causa estão dados divulgados esta quinta-feira (10 de agosto de 2023) pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Desde novembro de 2022 que a taxa de inflação está a recuar em Portugal, tendo-se fixado nesse mês em 9,9%.
Rendas de casas e lojas disparam com a inflação? Governo vai avaliar
A taxa de inflação em Portugal terá voltado a cair para 3,1% em julho, segundo estimativas do Instituto Nacional de Estatística (INE). Os dados apontam para que o coeficiente de atualização das rendas das casas se fixe entre 7% e 8% em 2023 – em julho, o valor da média dos últimos 12 meses, excluindo a habitação, situou-se nos 7,41% –, sendo essa a atualização anual de rendas esperada para 2024. Em aberto está a possibilidade de o Governo voltar a pôr um limite nos aumentos, qu
Poder de compra a subir – mas só há 5 países abaixo de Portugal na UE
Em 2022, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita nacional, medido em função do poder de compra, passou a pesar 77% da média europeia, um aumento de três pontos percentuais face ao registado em 2021. Um valor que está, no entanto, ainda abaixo do registado no período pré-pandemia. Portugal foi, de resto, apanhado pela Roménia no ranking, tendo apenas cinco países na União Europeia (UE) atrás de si.
Inflação rouba poder de compra – está no nível mais baixo desde 2018
A elevada taxa de inflação que se faz sentir em Portugal (8,4% em janeiro) está a deixar marcas na economia e, claro, no orçamento das famílias, que estão a ver o respetivo poder de compra ser esmagado. Em 2022, aquilo que os portugueses conseguiram, em média, comprar com os seus salários caiu praticamente tudo o que tinha aumentado nos três anos anteriores. É preciso recuar até 2018 para encontrar um poder de compra mais baixo.
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