O Abanca concluiu a compra do EuroBic, revelou esta quinta-feira (11 de julho de 2024) o grupo bancário espanhol, acrescentando que com esta aquisição se torna a sétima entidade bancária em Portugal. Em causa está uma operação que estará avaliada em cerca de 300 milhões de euros.
O grupo espanhol Abanca, detido pelo milionário hispano-venezuelano Juan Carlos Escotet, adianta que, com esta aquisição, multiplica por quatro a sua base de clientes em Portugal e triplica o volume de negócios e a rede comercial, tornando-se a sétima maior instituição financeira a operar no país.
“A operação foi concluída oito meses após o acordo de compra e venda assinado pelas duas partes e depois de recebidas as aprovações relevantes dos diferentes reguladores: Autoridade da Concorrência Portuguesa e Banco Central Europeu”, refere a entidade em comunicado.
“A aquisição do EuroBic reforça exponencialmente o posicionamento do Abanca em Portugal e torna-o numa das principais entidades bancárias do país. Em grandes números, multiplica por quatro a sua base de clientes, até 325 mil, e por 3,5 a sua rede comercial, com 251 agências, distribuídas pelos 18 distritos do país e pelas regiões autónomas dos Açores e da Madeira, enquanto, multiplica por 2,6 o seu volume de negócios, ultrapassando os 20,3 mil milhões de euros”, lê-se na nota.
Citado no documento, Juan Carlos Escotet Rodríguez, presidente do Abanca, refere que a aquisição do EuroBic é estratégica, “devido ao dinamismo do mercado português, a sua inter-relação económica com a Galiza e com Espanha e as sinergias que proporciona ao nosso projeto”.
“É a operação corporativa mais significativa que desenvolvemos até à data e a segunda em Portugal desde que inauguramos esta fase de crescimento internacional em 2018 com uma clara vocação de consolidação ibérica”, acrescenta. A primeira, recorde-se, foi a compra, nesse mesmo ano, da rede de retalho do Deutsche Bank Portugal.
Já Francisco Botas, CEO do Abanca, destaca que com a incorporação do EuroBic a entidade ganha “eficiência e capacidade comercial” para estar mais próxima dos clientes, conseguindo “melhorar a qualidade do serviço”.
Esta nova operação corporativa é a décima que o Abanca realiza em anos de atividade, explica. O valor do negócio não é revelado, mas o Jornal Económico noticiou, em novembro do ano passado, que rondaria os 300 milhões de euros.
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