
As poupanças colocadas nos produtos bancários estão a render cada vez menos. A taxa de juro média nos novos depósitos a prazo caiu pelo oitavo mês consecutivo para 2,57% em agosto. E o Banco de Portugal (BdP) também deu conta que o montante total de poupanças nos depósitos a prazo acabou mesmo por descer nesse mês, depois de atingir um recorde em julho.
“A taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares diminuiu pelo oitavo mês consecutivo, passando de 2,63%, em julho, para 2,57% em agosto”, lê-se na nota estatística divulgada pelo Banco de Portugal (BdP) esta quarta-feira, dia 2 de outubro. Assim, Portugal continua a apresentar remunerações nos depósitos a prazo a baixo da média da área euro (2,96% em agosto), sendo o quinto país que menos remunera os depósitos.
Mas este recuo dos juros foi apenas sentido nos novos depósitos com prazos mais curtos, que são também os mais utilizados:
- Novos depósitos com prazo até 1 ano: a taxa de juro média diminuiu 0,07 pontos percentuais (p.p.), para 2,58% em agosto. “Esta continuou a ser a classe de prazo com a remuneração média mais elevada e representou 97% dos novos depósitos em agosto”, diz o BdP;
- Novos depósitos de 1 a 2 anos: a remuneração média aumentou de 1,99% em julho para 2,23% em agosto;
- Novos depósitos a mais de 2 anos: taxa de juro média passou para 2,11% em agosto, tendo subido face ao mês anterior (1,97%).
O que salta à vista é que o montante depositado nos bancos foi menor em agosto do que em julho, mês em que atingiu o recorde na série estatística do BdP, que remonta a 2003. Em concreto, o montante de novas operações de depósitos a prazo das famílias totalizou 11.564 milhões de euros em agosto, o que representa uma redução de 995 milhões de euros em relação ao mês anterior (-8%). Já face a agosto de 2023, o valor nos novos depósitos a prazo aumentou 53%.
“Apesar desta redução, o montante de novas operações manteve-se elevado, o que resulta, em grande medida, da reaplicação em novos depósitos a prazo de montantes anteriormente aplicados em depósitos deste tipo, e que atingiram a maturidade em agosto sem renovação automática”, explica ainda o regulador português.
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