Uma pessoa solteira dificilmente vive na capital portuguesa, porque as despesas básicas superam os salários, diz estudo.
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Custo de vida em Lisboa
Créditos: Gonçalo Lopes | idealista/news

Os rendimentos e o custo de vida variam muito entre as capitais europeias. Enquanto em Luxemburgo é possível poupar centenas de euros porque as despesas básicas pesam apenas 40% no salário médio, noutras grandes cidades o ordenado não chega para cobrir o custo com a habitação, alimentação, transportes, saúde e lazer. É o caso de Lisboa. Mas não só.

É isso mesmo que conclui o estudo publicado em julho pela plataforma financeira Tradingpedia, depois de analisar os custos básicos de vida em 37 capitais europeias e os respetivos salários médios relativos aos últimos 12 meses. Foram consideradas despesas com a habitação, alimentação, transporte, saúde e lazer.

Uma pessoa solteira que viva em Luxemburgo não só consegue pagar as suas despesas básicas de forma confortável, como ainda pode poupar boa parte do seu salário. Isto porque as despesas básicas para viver nesta capital europeia – 2.237 euros, em média – pesam apenas 40,2% no salário médio de 5.590 euros. Quem vive em Berna, a capital da Suíça, também vive tranquilamente, uma vez que os custos básicos representam 40,6% do ordenado médio. 

A lista de capitais europeias mais acessíveis para uma pessoa solteira morar – onde o custo de vida pesa menos no seu salário – segue com Bruxelas, Helsínquia e Copenhaga, revela o mesmo estudo.

Há, contudo, um extremo oposto na Europa: cidades onde o rendimento médio não chega para cobrir as despesas mais básicas. É em Varsóvia (Polónia), Tirana (Albânia), Atenas (Grécia), Lisboa (Portugal) e em Chisinau (Moldávia) onde é mais difícil viver sozinho, porque o custo de vida supera o salário.

Na capital portuguesa, as despesas básicas mensais para uma pessoal solteira rondam os 1.364 euros, mas o rendimento médio é de apenas 1.223 euros não chegando para cobri-las. Segundo esta análise, “o salário médio é inferior em 141 euros, dificultando o pagamento das despesas diárias sem recorrer à poupança ou a uma renda adicional”.

As capitais europeias mais e menos acessíveis para as famílias

Regra geral, as famílias de quatro pessoas (que contam com dois salários médios) vivem de forma mais confortável nas capitais europeias do que as pessoas solteiras. Isto porque as despesas básicas, embora sejam superiores, acabam por ser divididas.

“Suíça, Luxemburgo, Finlândia, Noruega e Dinamarca estão entre os países mais favoráveis ​​às famílias na Europa, graças aos altos salários e à excelência dos serviços públicos”, conclui o estudo. Em Luxemburgo, as despesas básicas pensam menos de um terço no salário médio das famílias. E em Berna cerca de 34%. Além disso, em ambas as cidades o excedente mensal pode mesmo ser de milhares de euros.

No final deste ranking estão várias capitais onde até com mesmo dois salários continua a ser difícil cobrir os custos mensais na totalidade. Varsóvia é a cidade menos acessível, com as despesas a superar os salários (102,1%). Nesta lista está ainda Tirana (96,9%), Atenas (93,3%), Chisinau (85,9%) e Lisboa (83,3%).

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