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Portugal vai ter uma grande dificuldade em sair da crise e em aumentar a competitividade externa, porque o setor público tem “constrangimentos agudos nas suas competências de gestão”, disse o representante do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Lisboa, Albert Jaeger. Segundo o responsável, os setores exportadores vão no mesmo caminho, estando aparentemente capturados num ciclo vicioso de falta de investimento e de qualificações na área da gestão.

Albert Jaeger, economista austríaco que ocupa o lugar de residente permanente do FMI em Portugal, falou sobre a reabilitação da economia portuguesa em Madrid (Espanha), durante uma apresentação que fez na escola de gestão IE Business School, no passado dia 14, escreve o Dinheiro Vivo.

Para o economista, a primeira dificuldade que o país enfrenta é o facto de não poder fazer uma desvalorização cambial, já que está no euro. Depois, Jaeger considerou que há “interesses instalados no setor não transacionável” e alertou para o problema das “rendas [excessivas] serem difíceis de reduzir”. 

Segundo o responsável, é difícil melhorar a competitividade de Portugal, porque existe uma “restrição aguda nas competências de gestão no setor público”. Um problema ao qual se juntam os “pesados custos de transação” e a inexistência de uma já muitas vezes anunciada mas ainda não concretizada “reforma [do Estado] de baixo para cima”. 

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