O FMI aproveitou o relatório internacional Monitor Orçamental, divulgado esta quarta-feira, para relembrar que “reformas com pouco diálogo social podem muito bem regredir após poucos anos”. “Reformas fundamentais” como a “redução da folha salarial do setor público” podem redundar em fracasso se não forem acompanhadas de “diálogo social” e “suporte popular”, diz o FMI. A mesma lógica aplica-se aos cortes das pensões e dos serviços de saúde.
Embora não identifique imediatamente Portugal, o estudo começa por sublinhar em termos genéricos que “a redução da folha salarial foi grande e mais duradoura sempre que o ajustamento incluiu medidas estruturais, como as que melhoraram de forma permanente a eficiência da formação de salários e os processos de recrutamento ou o leque de serviços oferecidos, ou ambos”, cita o site Dinheiro Vivo.
Assim, continua, “o diálogo social e o apoio popular a estas reformas foi um fator importante de sucesso, permitindo aos decisores de política introduzir reformas mais fundamentais ou sustentar medidas temporárias por períodos mais prolongados”. É o que tem acontecido em Portugal com os cortes salariais e o tributo extraordinário (CES) sobre as pensões, medidas que, diz o Governo, terão de se tornar definitivas.
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