A Igreja Católica é proprietária de cerca de 50 mil edifícios em Portugal, contando as misericórdias e as instituições de solidariedade social. Em causa estão imóveis isentos de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).
Segundo as contas do Correio da Manhã, se não estivessem isentos de IMI e cada prédio pagasse, em média, 500 euros, o Estado arrecadaria cerca de 25 milhões de euros por ano.
Este foi, de resto, um assunto que gerou alguma polémica, já que algumas paróquias foram notificadas, nas últimas semanas, para pagarem o imposto. Uma situação que o cardeal Patriarca de Lisboa desvalorizou. “Quando surge alguma questão deste género, é resolvida segundo a lei e segundo os acordos, sem dramatismos”, disse D. Manuel Clemente.
O também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa mostrou-se convicto, em declarações aos jornalistas, de que “não haverá motivos para alarme”, salientando que “este assunto se resolverá com boa vontade de ambas as partes e sempre de acordo com a lei”.
Apesar de a Concordata isentar de IMI as residências paroquiais, há padres que defendem que estas devem pagar. “Como o carro de um padre paga imposto de circulação, também a casa onde vive o padre deve pagar IMI”, disse um sacerdote do Porto, citado pela publicação.
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