
A Câmara Municipal de Lisboa decidiu continuar a cobrar a taxa mínima do IMI no próximo ano. Isto significa que o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) irá manter-se nos 0,3% do valor patrimonial tributário dos imóveis localizados no concelho de Lisboa, o valor mais baixo que o código do IMI consente. Além disso, os residentes vão beneficar de um desconto de 2,5% em sede de IRS e as micro e pequenas empresas manterão a isenção da derrama municipal.
As linhas gerais da proposta de Orçamento para 2017, resumidas pela Lusa, foram apresentadas esta quarta-feira pelo vereador com o pelouro das finanças. João Paulo Saraiva frisa que a autarquia tem "a política mais favorável da Área Metropolitana de Lisboa para as famílias e para as empresas", sendo que o documento ainda terá de ser discutido pelo executivo e na Assembleia Municipal.
IMT engorda cofres de Lisboa
No total, a autarquia da capital tem comon objetivo arrecadar mais 28,8 milhões de euros com impostos diretos em 2017 face a este ano, contando com um contributo acrescido do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT), que é pago por quem compra casa nova.
Segundo o orçamento municipal para o próximo ano, citado pela agência de notícias, os impostos diretos têm um acréscimo de 9,2%, essencialmente devido ao "incremento do IMT, na ordem dos 23,6 milhões de euros".
O IMT, de resto, mantém-se a um "nível historicamente alto por via da dinâmica do mercado imobiliário de Lisboa, que regista uma maior procura de imóveis, também alimentada por não residentes e pela reabilitação urbana da cidade", diz o relatório, citado pela Lusa.
Imobiliário gera mais de um terço das receitas
Ao todo, os impostos diretos representam um encaixe de 342,6 milhões de euros, 159,6 milhões dos quais dizem respeito ao IMT, 109,5 milhões de euros ao Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), 55,4 milhões à Derrama e 17,9 milhões ao Imposto Único de Circulação (IUC).
No que toca às taxas, multas e outras penalidades, o aumento é na ordem dos 11 milhões de euros (16,5%),para os 77,3 milhões de euros, "essencialmente explicado pela expetativa de uma melhoria no nível de coimas e penalidades por contraordenações de multas e da receita gerada por taxas urbanísticas". Aqui incluem-se a Taxa de Proteção Civil e a Taxa Turística, cujas estimativas se mantêm, respetivamente, nos 18,9 milhões de euros e 15,7 milhões de euros, refere o orçamento, segundo a Lusa.
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