Portugal continua a ser um dos países da região mediterrânica que atrai mais investidores chineses. A intenção de investimento subiu 127% no segundo trimestre deste ano, face ao período homólogo, segundo um relatório divulgado pelo portal imobiliário chinês Juwai, ainda que se tenha registado uma quebra de 16% face aos primeiros três meses de 2015.
De acordo com o documento, Portugal foi o país que teve menor intenção de investimento por parte de cidadãos chineses no segundo trimestre do ano, quando comparado com Espanha, Chipre, Itália e Grécia, mas a mesma cresceu, ainda assim, 227% em apenas um ano.
O valor médio investido pelos chineses no país entre abril e junho no mercado residencial foi de 1,829,605 dólares (cerca de 1,6 milhões de euros), ligeiramente superior (6%) face ao primeiro trimestre do ano (1,724,960 dólares/1,5 milhões de euros). Trata-se, no entanto, de um montante 59% superior face ao período homólogo.
Estes dados refletem o impacto do mecanismo de atribuição de vistos gold – através da compra de casas por mais de 500.000 euros – a cidadãos estrangeiros que vivem fora do espaço Schengen, que continua a atrair muitos investidores a Portugal, lê-se no relatório divulgado pelo Juwai.
De referir que os investidores chineses parecem estar agora mais interessados no imobiliário espanhol, que passou a ser, segundo o documento, o país mais atrativo da região mediterrânica para os investidores chineses.
Para Fernando Encinar, chefe de estudos do idealista, “o ajuste de preços e as boas perspetivas económicas económicas em Espanha e Portugal atraem o investimento de origem chinesa, cujo interesse nestes dois países tem aumentado substancialmente”.
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