
O mais prometedor polo de inovação de Portugal e um dos maiores da Europa vai nascer em Lisboa, mais concretamente na travessa do Grilo, no Beato. Em causa está um espaço com cerca de 30.000 m2 onde em tempos funcionou uma fábrica de pão de um antigo armazém militar.
As Finanças e a Defesa Nacional cederam o espaço à Câmara Municipal de Lisboa (CML) para a implantação de um novo hub empreendedor e criativo na cidade. O mesmo, que será arrendado por mais de 7,1 milhões de euros por um prazo máximo de 50 anos, foi apresentado sexta-feira (dia 17) a criativos, fazedores, políticos e jornalistas. É ali que vai nascer, nos próximos três anos, um dos maiores hubs criativos e empreendedores da Europa, escreve o Dinheiro Vivo.
“Hoje é o primeiro dia deste projeto”, assegurou Miguel Fontes, diretor executivo da Startup Lisboa, instituição que será responsável, em conjunto com a autarquia, por estruturar e projetar aquele que vai ser o maior hub empreendedor português e um dos maiores da Europa.
De acordo com a publicação, o projeto Hub Criativo e Empreendedor – integrará várias incubadoras nacionais e estrangeiras, residências artísticas, criadores e criativos, uma zona de restauração e outros projetos – deverá ser apresentado até final do ano, anunciou Fernando Medina. “É um dia marcante para o futuro da cidade de Lisboa e para a construção do futuro da zona oriental da cidade. (…) Este projeto prevê a revitalização e regeneração da zona entre Santa Apolónia e o Braço de Prata e acredito que este é um dos esforços mais ambiciosos de desenvolvimento integrado da cidade desde a Expo 98”, assegurou o presidente da CML.
O projeto de reabilitação e adaptação do imóvel deverá ser implementado gradualmente durante os próximos anos e aproveitando a realização da Web Summit em Portugal [em 2016, 2017 e 2018]. “Este processo de transformação faz-se dotando a cidade e focando-a nas indústrias do século XXI. Inovação, tecnologia e criatividade. E nada é mais simbólico do que fazer a polaridade das indústrias do século XXI no local onde a indústria do século XIX também nasceu. (…) Este espaço extraordinário pela sua história e magia vai ser um polo de criação de emprego, inovação e artes e uma das maiores incubadoras da Europa”, referiu Fernando Medina.
A ideia é que o espaço se desenvolva de forma orgânica e que possa albergar cerca de 3.000 pessoas. “O investimento será depois compensado com uma taxa de aluguer a um custo mais vantajoso”, explicou Miguel Fontes, salientando que as empresas interessadas em ocupar alguns dos espaços serão responsáveis por parte da reabilitação do espaço.
Para poder comentar deves entrar na tua conta