Avaliados em 200 milhões de euros, os atualmente abandonados cinco hectares de terreno, no centro de Lisboa, ao lado das Amoreiras, vão ganhar uma nova vida se a Lone Star concretizar a compra do Novo Banco. O fundo de investimento norte-americano promete que vai desenvolver um novo projeto imobiliário no antigo Quartel de Campolide. Através do Fundo de Investimento Imobiliário Amoreiras, o banco é o principal dono do terreno e do alvará de loteamento.
O compromisso da Lone Star com o "lançamento imediato do desenvolvimento do projecto das Amoreiras" consta da carta-convite que a gestora norte-americana de "private equity" enviou na semana passada a meia dúzia de grupos empresariais portugueses, desafiando-os a juntarem-se a esta candidata na compra do Novo Banco, segundo conta o Jornal de Negócios.
Apresentado ao mercado como Campolide Parque, o projeto imobiliário que estará pronto a ser lançado foi lançado há anos pela Temple, empresa de promoção imobiliária de luxo de Vasco Pereira Coutinho. No entanto, tal como recorda o diário, acabou nas mãos do BES, que era o principal financiador do empresário, que chegou a integrar a lista dos homens mais ricos do país. A participação no Fundo Amoreiras foi um dos activos que a instituição herdou na sequência da intervenção no antigo banco da família Espírito Santo.
O que explica o interesse dos americanos no projeto
O interesse estratégico da Lone Star neste projeto está justificado pelo atual dinamismo do mercado imobiliário, considerando-o como uma "aposta segura", mas também ao facto de este ser um dos setores em que a gestora de "private equity" mais investe, incluindo em Portugal. Os ativos imobiliários do Novo Banco são, aliás, uma das razões para o interesse da Lone Star na instituição.
A gestora de "private equity" começou por adquirir o empreendimento de Vilamoura por 200 milhões de euros. Foi em abril de 2015 que o investidor norte-americano comprou o projecto ao Catalunya Bank, na que foi considerada a "maior operação no setor do turismo em Portugal dos últimos 10 anos", pela CBRE. Quatro meses depois, aplicou 500 milhões na aquisição de quatro centros comerciais Dolce Vita , no Porto, Vila Real, Coimbra e Lisboa , à Chamartín Imobiliária.
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