
A maioria dos investidores globais dá prioridade às aplicações no mercado acionista. Os portugueses, pelo contrário, fogem das ações. De acordo com o Schroders Global Investor Study 2017, os investidores nacionais ainda preferem colocar as suas poupanças nos bancos. O estudo refere mesmo que 29% planeia depositá-las em contas poupança, sendo esta a percentagem mais elevada em todo o mundo.
“Embora globalmente as pessoas deem prioridade ao investimento sobre todos os restantes tipos de despesas (incluindo gastos em compras de imóveis e de luxo), os investidores portugueses ainda preferem os depósitos para aplicar as suas poupanças”, disse a diretora da Schroders para Portugal e Espanha, Carla Bergareche, citada pelo Jornal Económico.
Os dados do estudo indicam que a principal prioridade individual na aplicação do rendimento disponível para os investidores portugueses, no próximo ano, é a poupança, sendo que 29% planeiam depositá-las em contas poupança. Segundo o estudo, esta é mesmo a percentagem mais elevada em todo o mundo. Globalmente, apenas 16% dos investidores planeiam aplicar as poupanças em depósitos face aos 23% que procuram ações, obrigações ou "commodities".
Os números mostram ainda que os investidores portugueses têm expectativas irrealistas em termos de retorno do investimento. Nos próximos cinco anos, os portugueses esperam um retorno médio anual de 9,4%, o que compara com uma expetativa de 8,7% em média, na Europa, e com o retorno médio anual de 7,2%, registado pelo índice global MSCI nos últimos 30 anos.
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