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Um grupo liderado pela Union de Partenaires pour l’Investissement (UPI), uma promotora imobiliária francesa focada na reabilitação de edifícios residenciais do segmento alto em Paris, comprou um terreno de 20.000 metros quadrados (m2) no Parque das Nações, em Lisboa. O mesmo está localizado na Avenida Infante Dom Henrique e pertencia a uma empresa portuguesa de têxteis.

Segundo as consultoras CBRE e JLL, que mediaram a venda, o terreno tem uma instalação industrial já desativada, construída nos anos 50 e considerada durante décadas como uma referência nacional da indústria têxtil de lanifícios. 

Os valores do negócio não foram revelados, mas sabe-se que em 2008 foi aprovado, no terreno em causa, um plano de pormenor que viabiliza a construção de um empreendimento com uma área bruta de construção acima do solo de 43.500 m2 para uso de escritórios, retalho, residencial e equipamento.

De referir que a entidade vendedora foi assessorada pela sociedade de advogados SGFC-Seabra, Cunha, Marta e Associados enquanto a UPI foi assessorada pela sociedade de advogados VDA-Vieira de Almeida.

Para Miguel Gonçalves Ferreira, consultor sénior da área de Development da CBRE, tarta-se de uma “transação única pela escala do ativo, pelo mix de usos e pela localização, comparativamente com a maioria dos ativos que estão em comercialização no mercado”. “Este empreendimento vem reforçar e dar continuidade ao projeto macro de reabilitação urbana iniciado no Parque das Nações, numa ótica de longo prazo de ligar este ao centro de Lisboa”, referiu.

Já Fernando Vasco Costa, diretor do departamento de Urban Development da JLL, adiantou que o negócio “mostra a tendência do mercado para projetos de construção nova de larga escala, com usos e posicionamentos diferentes dos que foram sendo feitos nos últimos anos”. “Começamos a sentir, de forma mais acentuada, o crescente interesse por parte dos promotores por lotes de terreno para construção nova e o Parque das Nações continua a ser uma zona óbvia de expansão da cidade”, afirmou.

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