O consórcio formado pela Vanguard Properties e pela Amorim Luxury pode ver aprovada esta terça-feira a compra dos ativos do Fundo da Herdade da Comporta por 158 milhões de euros. Isto depois do Ministério Público (MP) ter dado luz verde à venda e da aprovação ter tido um parecer favorável do Tribunal Central de Instrução Criminal. A decisão deverá ser finalizada na Assembleia de Participantes, que se realiza hoje. “Os acionistas agora que tomem a sua decisão”, disse José Cardoso Botelho, managing director da Vanguard Properties, ao idealista/news.
O responsável, que falava à margem da apresentação de um projeto da Vanguard Properties, mostrou-se entusiasmado com o facto do MP não ter motivos para se opor ao processo de alienação dos ativos do Fundo, alegando que as regras de isenção e transparência foram cumpridas.
“Os participantes sabem que amanhã [hoje, terça-feira, dia 27 de novembro de 2018], se tomarem a decisão de vender, a venda pode ser concretizada a breve trecho. O contrário é que não seria possível, ou seja, os participantes aceitarem vender e depois o MP não deixar. Não estava à espera que esta decisão fosse tão rápida”, revelou.
Segundo José Cardoso Botelho, com esta decisão, o MP achou, desta vez, “que o processo foi concorrencial, idóneo e que garantiu a transparência”. “Todos os critérios que na vez precedente pelos vistos tinha considerado que não tinham sido cumpridos”, acrescentou, lembrando que “cabe agora aos acionistas decidirem se aceitam ou não a proposta” que está em cima da mesa. “Os acionistas agora que tomem a sua decisão, se quiserem vender vendem se não quiserem não vendem, nós seguimos o nosso caminho e eles o deles”.
"Queremos colocar aquela zona num nível muito superior ao que é hoje. Atualmente tem enorme fama, mas tem uma infraestrutura fraca"
José Cardoso Botelho, Managing director da Vanguard Properties
Sobre os timings, e caso o processo de venda seja confirmado, tudo terá de estar resolvido do ponto de vista processual até dia 15 de março, explicou o managing director da Vanguard Properties. “Depois, a execução/escritura tem de estar feita até dia 4 de abril”, adiantou.
Para José Cardoso Botelho, trata-se de um processo “que vai demorar muito tempo”, até porque o consórcio quer “fazer um projeto impar”. “Queremos colocar aquela zona num nível muito superior ao que é hoje. Atualmente tem enorme fama, mas tem uma infraestrutura fraca. Sendo nós o futuro proprietário, espero eu, temos de pensar em tudo de forma integrada. Isto tudo requer um pensamento estratégico e muita discussão com os melhores técnicos da área para encontrar as melhores soluções para aquela zona. E isso leva o seu tempo”, concluiu.
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