As empresas Top Building (na qual Pais do Amaral tem uma participação), Astronow, Areia Feliz e Estoril Investe querem construir um mega empreendimento turístico de luxo em Portimão, no Algarve. Em junho, a versão inicial do projeto recebeu um parecer de impacte ambiental desfavorável, mas as promotoras não desistiram. Voltaram a “submeter” uma nova proposta, mas com alterações para “fintar” as condicionantes ambientais.
A operação previa a construção de três hotéis, no total de 600 camas, a cerca de 200 metros de “arribas instáveis”, segundo o jornal do Algarve, tendo recebido um parecer negativo, também, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve.
A comissão considerou, na altura, que, “independentemente das medidas propostas no Estudo de Impacte Ambiental (EIA) para a mitigação, prevenção e compensação dos impactes identificados, o projeto não reúne condições para poder ser viabilizado, nomeadamente no que se refere a fatores como a biodiversidade e a paisagem”.
"Novo" projeto continua com 3 hotéis, mas menos quartos
Depois do primeiro chumbo, os promotores decidiram entregar à CCDR um novo EIA para o projeto, que continua a prever a construção de três hotéis, embora a área total tenha passado dos 11.500 metros quadrados (m2) para os 8.237 m2, segundo a mesma publicação. Após a reformulação do projeto, cada hotel terá 12 metros de altura, menos três metros do que estava inicialmente previsto, e 353 quartos, menos 58 face à proposta inicial.
Os promotores asseguram que o mega empreendimento deverá ficar a 230 metros da orla costeira, para assim distanciar as unidades hoteleiras das falésias. Um argumento que não convence, apesar disso, os ambientalistas, que destacam o facto de este local ser “um dos últimos e mais notáveis redutos não ocupados do litoral do concelho de Portimão”.
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