Em causa está o “Projeto Miraflores” que é composto por mais de 100 imóveis, sobretudo comerciais.
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GTRES

A Parvalorem, empresa criada para gerir os créditos tóxicos do Banco Português de Negócios (BPN), pôs à venda uma carteira de imóveis avaliada em 265 milhões de euros, chamada “Projeto Miraflores”. Na lista constam mais de 100 de imóveis, sobretudo comerciais – desde escritórios, lojas e logística –, sendo que apenas uma parte diz respeito a habitação e terrenos. Os ativos em causa estão localizados principalmente em Lisboa e no Porto.

Segundo o ECO, que cita fontes do mercado imobiliário, a lista inclui imóveis que se encontram dentro dos fundos de investimento geridos pela Imofundos (antiga sociedade gestora do BPN) e até a própria Imofundos, tendo a Parvalorem contratado a Alantra para coordenar todo o processo de venda.

Trata-se de um portefólio de imóveis que deve atrair, sobretudo, fundos de ‘private equity’, que os compram com desconto para depois os voltarem a colocar no mercado e, desta forma, conseguirem altas rentabilidades. Uma das fontes citas pela publicação adianta que o objetivo neste tipo de operações costuma ser “comprar por grosso para vender a retalho”.

Poderá, no entanto, haver dois compradores diferentes, já que o investidor interessado nos imóveis pode não ter interesse em adquirir a Imofundos. 

Caso se confirme a transação, a Parvalorem deverá extinguir-se, já que passará a ter menos ativos para gerir. Um cenário que não deve acontecer, contudo, a curto prazo, isto porque a empresa ainda tem crédito malparado herdado do BPN e outras participações, faltando também a alienação do Banco Efisa, que foi vendido no início de 2019 aos árabes do Grupo IIBG, por 27 milhões de euros, faltando a “luz verde” dos reguladores, escreve a publicação.

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