
A Vanguard Properties (VP), que começou a fazer as primeiras aquisições de imóveis em Portugal em 2016, é uma das promotoras imobiliárias mais ativas no mercado nacional, com vários projetos em carteira no país, sobretudo em Lisboa, e direcionados para o segmento de luxo. O Tomás Ribeiro 89 é o “senhor que se segue”. Em causa está “um projeto de reabilitação de luxo de um edifício de finais do século XIX, início do século XX, onde a VP investiu cerca de 15 milhões de euros”, segundo José Cardoso Botelho, diretor-geral da empresa. É, de resto, o segundo empreendimento da empresa na mesma artéria da capital, após o Tomás Ribeiro 79.
Citado pelo Expresso, José Cardoso Botelho, que numa entrevista dada ao idealista/news no início do ano disse que os resultados da VP, apesar da pandemia, estavam a “a ser muito positivos”, adiantou que os trabalhos de construção do Tomás Ribeiro 89 só devem arrancar em 2022.
“Pretende-se tirar partido do pé-direito alto e de uma empena generosa para este projeto, com áreas grandes”, revelou, sublinhando que o empreendimento “está vocacionado para uma clientela sobretudo de origem belga, francesa ou suíça, que, entre os clientes estrangeiros, é a que mais aprecia este tipo de arquitetura”.
Apartamentos custam até 3 milhões de euros
No que diz respeito a preços de venda, o responsável salientou que devem variar entre 9.000 e 10.000 euros por metro quadrado (m2) para habitações com áreas entre 150 e 300 m2, o que significa que os futuros apartamentos custarão entre 1,5 e 3 milhões de euros.
Segundo José Cardoso Botelho, “o projeto foi entregue ao gabinete de arquitetura ARX, o mesmo que desenhou o Castilho 203”.
Também citado pelo Expresso, Nuno Mateus, que com o irmão José é o responsável pelo ARX, deixou no ar a hipótese de parte do edifício Tomás Ribeiro 89 ser demolida, até porque está em causa um trabalho de reabilitação e de reconstrução profunda devido ao estado em que se encontra o imóvel.
“Vamos manter a fachada frontal. O edifício faz parte de um conjunto de três que estão identificados como sendo de interesse municipal”, explicou, sublinhando que a dimensão do saguão permitirá criar um jardim com algum desafogo e cuja localização está virada a sul: “(…) O jardim será o motor do projeto. Pretendemos explorar o espírito que o edifício tinha, numa simbiose entre o património histórico que conseguirmos preservar e o mesmo espírito de arquitetura moderna”.

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