Lapa One e Terraços do Monte, em Lisboa, foram os últimos projetos anunciados pela promotora imobiliária, que continua a investir no país.
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Os projetos da Vanguard Properties à lupa: mexicanos e norte-americanos atentos ao luxo
Terraços do Monte, na Graça, em Lisboa Vanguard Properties

A Vanguard Properties (VP) começou a fazer as primeiras aquisições de imóveis em Portugal em 2016, e desde então foi sempre a somar, sendo atualmente umas das promotoras imobiliárias mais ativas no mercado nacional. Um dos primeiros projetos que adquiriu encontra-se na Graça, em Lisboa, onde vai nascer o Terraços do Monte, que a empresa pretende que seja um edifício “super premium”, uma espécie de “nova versão do Castilho 203”. Sobre este projeto, José Cardoso Botelho, Managing Director da VP, diz, em entrevista ao idealista/news, que terá 15 apartamentos, menos que o inicialmente previsto, bem como “duas penthouses excecionais”. O responsável adianta, ainda, que neste segmento mais alto a VP tem recebido manifestações de interesse de mercados completamente novos, nomeadamente oriundos do México e dos EUA.

Relativamente ao Castilho 203, que se tornou “famoso” (também) por ser lá que se encontra o apartamento mais caro de Portugal – terá sido comprado por Cristiano Ronaldo –, o gestor revela que está 100% vendido. “A obra está praticamente terminada, estamos a fazer apenas pequenos ajustes, de reparações, nos interiores. A licença de utilização já foi emitida e estamos a dias de acabar a decoração das zonas comuns”.

A Torre Infinity, que está a atrair muitos compradores portugueses, está a nascer em Campolide, no centro de Lisboa, e estará concluída em 2022. Mais avançada está a A’Tower, nas Amoreiras, adianta: “Temos cerca de 65% das vendas já subscritas [são 34 apartamentos]. A obra está prevista para terminar em junho, julho deste ano e prevemos até final do ano ter 100% unidades vendidas”. 

Os projetos da Vanguard Properties à lupa: mexicanos e norte-americanos atentos ao luxo
Castilho 203 Vanguard Properties

Fazemos, de seguida, um ponto da situação sobre os projetos que a VP tem carteira, tendo por base as declarações de José Cardoso Botelho.

Tomás Ribero 79, em Lisboa 

“A obra está suspensa, porque houve um problema durante o decurso da mesma, pelo que as vendas estão também suspensas. O arranque está previsto para este mês de fevereiro. Só pensamos voltar a pôr o produto à venda logo que a obra retome o seu curso”. 

Riverbank, no Parque das Nações, em Lisboa

“Estamos nesta fase a aprovar o loteamento. Esperamos ter uma decisão positiva por parte da Câmara Municipal de Lisboa nas próximas semanas. A ideia era começar a obra do loteamento ainda durante o primeiro semestre e depois a construção propriamente dita dos edifícios no segundo semestre. O objetivo é começar a pôr à venda os ativos logo a seguir que tenhamos o loteamento concluído, e acreditamos, dado que vamos pôr no mercado um produto com muita qualidade e com um preço bastante competitivo, que nos primeiros seis meses iremos colocar os 85 apartamentos na totalidade”.

Foz do Tejo, no Jamor, Oeiras

“Estamos a dias, a poucas semanas, de ter uma licença, e iremos começar as infraestruturas o mais depressa possível. O nosso objetivo é no segundo, terceiro trimestre deste ano começar a comercializar os primeiros produtos. Estamos a pensar começar pela parte das moradias, e os edifícios de baixo perfil mais à frente. Acreditamos que vai haver muita procura, porque temos já registados na nossa base de dados cerca de 750 pedidos de informação, portanto tudo indica que vai ser mais uma vez um projeto com. E uma vez mais com muitos portugueses interessados”.

Os projetos da Vanguard Properties à lupa: mexicanos e norte-americanos atentos ao luxo
Bayline, no Algarve Vanguard Properties

Bayline, no Algarve 

“Foi, talvez, o projeto mais afetado pela pandemia, porque é um produto que tradicionalmente tem uma procura muito grande por parte do cliente estrangeiro, nomeadamente inglês, alemão, etc. As vendas estavam a decorrer a um ritmo fortíssimo, mas depois, na segunda fase da pandemia, quando tínhamos muitas reuniões de fecho marcadas para os meses de outubro, novembro e dezembro, voltaram a ser interrompidas. Neste momento temos cerca de 50% do projeto comercializado, mas já podíamos estar muito próximo dos 100%, tal era a procura”.

Acreditamos, no entanto, que a partir de abril deste ano vamos ter outra vez um grande fluxo de clientes, que têm reuniões pré-agendadas e que demonstram vontade de continuar, até porque é um produto completamente diferenciador. É um ativo localizado a metros da praia, com uma qualidade de acabamentos e de ‘amenities’ que não existe no Algarve. Acreditamos que vamos colocar 100% do projeto ainda este ano. A obra está a andar muitíssimo bem, temos os edifícios todos construídos: do ponto de vista estrutural já chegamos ao último piso em todos os lotes, vamos agora começar uma fase mais interessante da obra. Acreditanos que vai ser um grande sucesso”.

Terraços do Monte, em Lisboa

“Vamos lançar em breve a obra. É um projeto situado no bairro da Graça, absolutamente excecional. Pretendemos que seja o nosso ‘super premium’ Castilho 2 203, uma versão nova do Castilho 203. Se calhar, em alguns pontos, ainda com uma qualidade superior, pelo simples facto de se tratar de uma obra nova, ou seja, com uma estrutura feita de raiz, o que é sempre mais fácil que o processo de reabilitação. É um projeto com uma vista absolutamente excecional sobre Lisboa. 

Decidimos fazer uma alteração ao que estava previsto em número de apartamentos, tínhamos inicialmente 28 e passámos para 15, mas de grandes dimensões: temos duas penthouses excecionais com mais de 150 m2 de área coberta e 263 m2 de terraço exclusivo, mais varandas, com ‘amenities’ excecionais que não existem em nenhum projeto na zona histórica de Lisboa. E tem um parque de estacionamento com 57 lugares, isto para 15 apartamentos. 

Já temos um conjunto de negócios em fase de fecho, embora a comercialização não tenha começado. Temos manifestações de interesse por parte de clientes russos, portugueses, franceses ingleses, alemães... uma clientela bastante diversificada”.

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Lapa One, em Lisboa Vanguard Properties

Lapa One, em Lisboa 

“É um palacete do século XIX que decidimos converter numa casa de família. Quisemos criar uma casa especial, porque há muitas pessoas, muitos investidores de grande dimensão, que querem viver em Portugal com as famílias e não encontram um produto de exceção. É a nossa primeira experiência neste segmento. É uma casa com cerca de 2.800 m2 área de construção, com todos os requintes que se possa imaginar. Acredito que não exista mais alguma em Portugal comparável. 

Temos seis pessoas que demonstraram interesse e estamos neste momento a discutir com elas. Duas são portuguesas, duas inglesas e duas brasileiras”.

Mexicanos e norte-americanos às compras em Portugal

Quando questionado sobre se alguma das manifestações de interesse que a VP tem recebido pelos seus projetos foi feita por um comprador “especial”, alguém, português ou não, conhecido internacionalmente, José Cardoso Botelho não abre o jogo. “No mercado super ‘premium’, Lisboa e Portugal, no geral, têm estado a atrair um cliente de uma gama muito, muito alta, grandes empresários de renome internacional. E isto é um facto relativamente novo em Portugal. Na fase anterior a 2013, 2014 este tipo de clientes não vinha para Portugal, excetuando algumas ‘ilhas’, como por exemplo a Quinta do Lago, no Algarve. Neste momento não é assim, verificamos que há de facto um tipo de cliente de muito mais alto nível que também escolhe Lisboa como uma oportunidade para viver, não é só uma questão de investir, é vir viver”. 

"Há de facto um tipo de cliente de muito mais alto nível que também escolhe Lisboa como uma oportunidade para viver, não é só uma questão de investir, é vir viver”

O responsável comenta, de resto, que no segmento mais alto a VP tem recebido manifestações de interesse de mercados completamente novos. “Quer na Comporta quer no Algarve, e agora começou em Lisboa, temos tido clientes mexicanos e norte-americanos. É a primeira vez que fechamos negócio com clientes norte-americanos, o que é muito bom, significa que estamos a alargar o espectro dentro do segmento da gama alta”. 

Salientando que acredita “que o mercado mexicano é muito promissor”, o diretor geral da VP considera que o apetite por Portugal poderá dever-se, pelo menos em parte, ao facto de muitos investidores mexicanos estarem de certa forma descontentes com que está a acontecer em Espanha. Por outro lado, “começaram a perceber que os portugueses são um povo acolhedor e que, de alguma forma, os entendemos. E de repente começaram a aparecer em Portugal. Os bancos com quem falamos, e falamos praticamente com todos, também nos dizem que a clientela mexicana começou a aparecer, e no nosso caso em concreto com enorme apetência por parte da zona da Comporta”. 

No caso dos norte-americanos, “já há algum tempo que havia clientes” a procurar pela Comporta, diz José Cardoso Botelho. “Agora o que é novo, no nosso caso em Lisboa e no Algarve, é o cliente norte-americano a aparecer. É um mercado muito interessante para nós”, conclui.

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