
O ex-presidente do Banco Espírito Santo Angola (BESA), Álvaro Sobrinho, quer usar a hipoteca de quatro imóveis para pagar a caução de seis milhões de euros, tendo esta sido uma das medidas de coação determinadas pelo juiz Carlos Alexandre a 17 de março de 2022, na sequência do processo BESA, em que o empresário luso-angolano é suspeito de ter obtido um benefício ilegítimo de 340,7 milhões de euros. Entre os imóveis que Álvaro Sobrinho detém em Portugal estão seis apartamentos de luxo no empreendimento Estoril Sol Residence, que foram comprados por 9,6 milhões de euros em 2010.
Segundo escreve a Sábado, o património imobiliário de Álvaro Sobrinho em Portugal não se fica por aqui. A estes ativos a que juntar os seguintes:
- Um imóvel comprado em 2011 na Avenida da República, em Lisboa, que custou 762 mil euros;
- A Casa da Quintã, que foi comprada e remodelada em 2010 e que se encontra em Marco de Canaveses, tendo custado seis milhões de euros;
- A Quinta da Foz, que está localizada em Sabrosa (Vila Real) e que foi comprada em 2011 por 5,4 milhões de euros. Uma particularidade: produzia vinho do Porto.
De acordo com a publicação, que teve acesso a documentos judiciais, o negócio da aquisição da Quinta da Quintã foi feito a dois tempos, em agosto e outubro de 2010, por um valor total de seis milhões de euros, sendo que mais tarde parte deste negócio seria inviabilizado.
“Nos despachos constam ainda outros negócios, como os quase 800 mil euros gastos na remodelação da Casa da Quintã, outros 762 mil euros usados em janeiro de 2011 para comprar um apartamento (duas frações no 8º piso) na Avenida da República, em Lisboa. Dois meses depois, em março de 2011, outra entidade controlada por Sobrinho formalizou o contrato-promessa de compra e venda da Quinta da Foz, em Gouvães do Douro, em Sabrosa. No total, o pagamento total foi de 5,4 milhões de euros”, escreve a Sábado.
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