Projeto junto ao estádio do Sporting sai do papel: “Será um marco"

“Viver e trabalhar junto ao estádio do Sporting: Norfin investe 200 milhões no projeto Metropolis”. Este é o título da notícia que publicámos em janeiro de 2020. Portugal e o mundo foram, entretanto, afetados por uma pandemia que teima em deixar marcas e, mais recentemente, por uma guerra que está a fazer disparar ainda mais os custos de construção e a empurrar a inflação para níveis elevados, bem como as taxas de juro. Agora, mais de dois anos depois, há luz verde para o referido projeto em Lisboa, que mudará, no entanto, de nome, adiantou ao idealista/news Francisco Sottomayor, CEO da Norfin, salientando que “será um marco para a cidade”.

“Temos um conjunto muito relevante de projetos de promoção imobiliária em desenvolvimento. Aquele que tem maior dimensão e destaque esperamos lançá-lo dentro de muito pouco tempo. O nome ainda está no segredo dos deuses. É um projeto que se localiza no antigo estádio do Sporting, ou seja, junto ao atual estádio, e que tem uma dimensão relevante para Lisboa. Falamos de 80.000 metros quadrados (m2) de construção. É um projeto com vários usos, tem escritórios, retalho e uma componente relevante habitação. São mais de 200 apartamentos”, disse-nos Francisco Sottomayor numa conversa realizada durante a edição deste ano do Salão Imobiliário de Portugal (SIL), que decorreu em maio.

Não desvendando o novo nome do antigo Metropolis, o responsável assegurou que se trata de um projeto que “assenta na mesma lógica urbanística” do inicial, tendo, no entanto, “uma roupagem de arquitetura completamente diferente”. “Este projeto tem uma componente muito grande de espaço público, de retalho ao ar livre. Vamos criar uma centralidade de lazer, retalho e conveniência que aquela zona de Lisboa não tem. É um projeto que arranca brevemente e que tenho a certeza que vai ser um marco para a cidade. Estamos a trabalhá-lo nesse sentido”, adiantou. 

Relativamente ao valor do investimento, Francisco Sottomayor não abriu o véu, mas apontou para um montante “de umas quantas centenas de milhões de euros”. “Mais uma vez, investidos por um investidor internacional, de capital internacional, interessado e comprometido em investir em Lisboa”, contou.

Empreendimento Monview Miraflores, em Miraflores, às portas de Lisboa Norfin

Norfin com dois novos projetos em Lisboa

Além do projeto junto ao estádio do Sporting, a Norfin tem mais dois a nascer na Grande Lisboa, um em Miraflores e outro na Alta de Lisboa. cujo nome também ainda é desconhecido. Já o Real Forte III, em Sacavém, perto do Parque das Nações, está 100% vendido. “Foi um sucesso comercial muito relevante. Está na fase finalíssima de construção”.

Sobre o empreendimento que a Norfin está a desenvolver em Miraflores, Francisco Sottomayor disse que se chama Monview e que é uma “obra que está agora a arrancar”. “É um projeto que está em fase de pré-lançamento. São cerca de 180 apartamentos, com uma caraterística diferenciadora importante: trata-se de um condomínio fechado, com um conjunto de serviços e de áreas comuns relevantes junto a Monsanto, numa zona bem conectada a Lisboa. É um projeto no qual estamos também fortemente empenhados”, sublinhou. 

Na calha está também outro projeto residencial na capital, mais com concretamente na Alta de Lisboa, uma zona em franco crescimento. “Estamos a arrancar, ainda numa fase inicial, com um projeto na Alta de Lisboa. Tem aquilo que procuramos, alguma diferenciação, porque tem uma componente de apartamentos, mas também de moradias. É um projeto muito interessante”, explicou, frisando que o público-alvo é a classe média e que a ambição é construir “casas que sejam ‘affordable’, ou seja, que sejam alcançáveis à bolsa dos lisboetas, das famílias lisboetas”. 

Empreendimento Monview vai nascer em Miraflores, Lisboa Norfin

Antas Green, no Porto, em “estado avançado de comercialização”

No Porto, a Norfin está a desenvolver o empreendimento Antas Green, que também é destinado a famílias de classe média/alta, ocupando um terreno de 4.180 metros quadrados (m2) – serão, ao todo, 182 apartamentos.

De acordo com Francisco Sottomayor, o Antas Green está numa “fase avançada de obra” e “num estado avançado de comercialização”. “Estamos muito contentes com o ritmo de vendas e com o trabalho feito pela equipa projetista, construtora e pela parte comercial. Temos um projeto claramente ganhador numa zona interessante da cidade do Porto. Gostamos muito de trabalhar no Porto, é um mercado que acolhe muito bem os investidores”.

"(...) Temos obras em curso e vamos lançar obras em valor superior a 350 milhões de euros. Estamos a falar de muitos m2 nos vários projetos. Estes 350 milhões não são todos para gastar neste ano, mas são obras a adjudicar durante 2022. Temos uma aposta muito forte no setor. Achamos que podemos contribuir, à nossa medida, para tentar reequilibrar a procura e a oferta no mercado residencial”

“Vários projetos em desenvolvimento no Algarve”

No Algarve, em Vilamoura, a Norfin tem também “vários projetos em fase de desenvolvimento”. “Temos um projeto em Vilamoura, já em construção e também em fase avançada de vendas, o Vilamoura Park. E temos três projetos em fase de definição de produto e desenho, também dentro de Vilamoura, que esperamos anunciar ao longo do ano”, garantiu o responsável. 

Investimento de 350 milhões de euros

Quando questionado sobre quanto é que a Norfin prevê investir nos próximos tempos em projetos imobiliários, Francisco Sottomayor respondeu de forma clara. “Na Norfin lidamos com volumes de investimento muito relevantes. Gerimos 1,6 biliões de euros de ativos e nesta atividade de promoção imobiliária temos obras em curso e vamos lançar obras em valor superior a 350 milhões de euros. Estamos a falar de muitos m2 nos vários projetos. Estes 350 milhões não são todos para gastar neste ano, mas são obras a adjudicar durante 2022. Temos uma aposta muito forte no setor. Achamos que podemos contribuir, à nossa medida, para tentar reequilibrar a procura e a oferta no mercado residencial”, concluiu.