O banco BPI revelou esta quinta-feira (29 de setembro de 2022) que vendeu uma carteira de crédito malparado no valor total de 140 milhões de euros a fundos geridos pela LX Investment Partners.
A operação, denominada Projeto Citron, engloba uma carteira de créditos Non-Performing Loans (NPL, na sigla em inglês), “incluindo posições com e sem garantias reais hipotecárias, com um valor bruto total de cerca de 140 milhões de euros, correspondentes a cerca de 15.000 contratos de créditos de cerca de 5.000 clientes”, refere a entidade financeira em comunicado.
O BPI adianta que “esta transação reforça a posição de robustez do BPI”, que mantém, segundo diz, o melhor rácio de risco de crédito (NPE) do setor financeiro em Portugal. No final do primeiro semestre, o rácio de NPE do BPI era de 1,6%.
Investidores imobiliários atentos ao crédito malparado
Conforme escrevemos neste artigo, baseado num estudo da consultora Prime Yield, os investidores imobiliários estão particularmente atentos às carteiras de NPL: no primeiro trimestre de 2022, estas representaram cerca de mil milhões de euros em transações ou em oferta, mais que em todo o ano de 2020, o que deixa antever que 2022 poderá ser um ano dinâmico neste mercado.
O estudo revela ainda que o ano 2022 poderá voltar a colocar a atividade de venda de carteiras de crédito malparado em Portugal nos níveis pré-Covid-19, quando o padrão de transações se situava entre 6.500 e 8.000 milhões de euros.
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