
Investidores imobiliários europeus, com um total de ativos sob gestão (AuM) superior a 700 mil milhões de euros, deverão alocar cerca de 63,8 mil milhões de euros ao segmento ‘living’ nos próximos três anos, revela um inquérito realizado pela Savills Investment Management e pela consultora imobiliária internacional Savills.
“Quase metade (48%) dos inquiridos prevê que a proporção dos seus AuM alocados a este segmento do mercado imobiliário europeu aumente significativamente até 2026. Este valor representa um incremento em relação aos 41% dos inquiridos no ano passado. 54% esperam ter mais de 50% dos AuM investidos neste setor até 2026, enquanto 41% esperam ter mais de 75% dos seus AuM”, lê-se no comunicado.
As maiores prioridades para os investidores são:
- Habitação multifamiliar – 84% (73% no ano passado)
- PBSA – 63% (65%)
- Residências unifamiliares – 49% (43%)
- Coliving – 39% (51%)
- Investimento privado em habitação a preços acessíveis – 39% (38%)
“É compreensível que os investidores estejam concentrados nos setores da habitação e reconheçam os consideráveis desequilíbrios entre a oferta e a procura e as consequências para o crescimento, bem como os fortes impulsionadores subjacentes dos respetivos segmentos. Os investidores poderão também focar-se nos segmentos de 'living' mais maduros, nomeadamente residências multifamiliares e PBSA”, refere Andrew Allen, Global Head of Research, Product Strategy and Development, da Savills Investment Management.
Richard Valentine-Selsey, Head of European Living Research & Consultancy da Savills, salienta que, embora seja ótimo assistir ao interesse dos investidores pelos setores do ‘living’ europeus, “cabe agora às entidades governamentais das diversas geografias garantir que as consequências indesejadas das alterações regulamentares não façam derrapar as suas aspirações”.
“Portugal tem registado uma forte dinâmica em praticamente todos os segmentos ‘living’, sobretudo no ‘student housing’, a par da atividade de muitos operadores de senior living e ‘flex living’”, comenta Luís Clara, Capital Markets Associate da Savills Portugal.
“Nos últimos 5 anos, o investimento em PBSA por exemplo, somou um volume total de cerca de 721 milhões de euros, refletindo um claro interesse por parte dos investidores neste mercado e que tem sido decisivo para alavancar este segmento alternativo do imobiliário”, acrescenta a responsável.
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