O ano de 2025 foi um dos mais dinâmicos do segmento global de branded residences, com um crescimento estimado de 19% e uma previsão de 910 projetos até final do ano, uma significativa subida em relação aos 764 registados em dezembro do ano passado.
De acordo com o mais recente relatório Global Residential Development Consultancy, da Savills, este novo conceito deverá expandir-se até 2032 para 25 novos países, como a Geórgia, a Arménia e o Paquistão, envolvendo 39 novas marcas hoteleiras e 19 marcas não hoteleiras.
“O dinamismo do setor mostra poucos sinais de abrandar e os dados mais recentes apontam para a entrada de mais 837 projetos no mercado até 2032, elevando o total global para 1.747 empreendimentos”, revela, em comunicado, Louis Keighley, Head of Global Residential Development Consultancy da Savills.
Estes empreendimentos incluem projetos exclusivos à beira-mar com acesso direto à praia e serviços personalizados, assim como penthouses inseridas em arranha-céus com vistas deslumbrantes sobre as cidades, registando um desempenho sólido tanto em grandes centros urbanos (como Dubai, Miami, Londres e Nova Iorque), como em destinos costeiros (como Phuket, Los Cabos e Comporta).
De acordo com Paula Sequeira, Director Consultancy & Valuation da Savills, “Portugal tem vindo a consolidar-se como um dos principais destinos residenciais no segmento high-end e luxury”. A responsável sublinha que “o país tem atraído e acolhido projetos cada vez mais sofisticados, caracterizados pela associação a marcas de elevado posicionamento, tanto do universo hoteleiro como do lifestyle”.
“Esta tendência tem contribuído para reforçar o estatuto de Portugal no panorama europeu, refletido na dimensão do pipeline de projetos previstos para os próximos anos. Apesar do crescimento assinalável e da visibilidade alcançada, acreditamos que o potencial de Portugal neste segmento está longe de ter atingido o seu limite”, acrescenta.
Grandes cadeias hoteleiras lideram as branded residences
O segmento de branded residences continua a ser liderado pelas grandes cadeias hoteleiras, especialmente nos patamares de luxo e upper-upscale, com a Marriott e a Accor a destacarem-se com centenas de projetos em pipeline suportados por portefólios multimarca com mais de 35 insígnias em diversas faixas de mercado. No entanto, o maior potencial de crescimento regista-se nas marcas de moda, restauração e automóvel.
Atualmente entraram já três novas categorias de marcas não hoteleiras (media, música e arte), com a Elle, Pharrell Williams e Louvre a assumirem-se como pioneiros nestas áreas, mas a Savills prevê a entrada de mais marcas no futuro, nas categorias de desporto, gaming e cinema.
Segmento cresce no Médio Oriente, África e Ásia-Pacífico
Enquanto a América do Norte tem perdido preponderância no segmento de empreendimentos residenciais com marca, regiões como o Médio Oriente e o Norte de África evoluem significativamente, com um crescimento de 187% nos últimos cinco anos, impulsionados, sobretudo, pelos mercados do Golfo e do Dubai. A região da Ásia-Pacífico registou também, nesse período, um aumento de 55% graças aos mercados do Vietname, Tailândia e Índia.
Neste último ano, a Europa e a América Central e Latina contabilizaram mais de 50 novos empreendimentos em localizações urbanas e de resort. Esta distribuição mais equilibrada para a qual caminha o mercado de branded residences leva a Savills a prever que, até 2032, nenhuma região concentre mais de um quarto da oferta mundial.
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