Branded residences atraem investidores na Península Ibérica

O segmento das branded residences (imóveis residenciais ou turísticos associados a marcas, nomeadamente de luxo) vive um momento de expansão na Península Ibérica, sendo um produto imobiliário que está na mira dos investidores em Portugal e Espanha. Dados de um estudo recente indicam que há na Ibéria 47 projetos em curso. São mais de 2.400 imóveis numa área que supera os 700.000 metros quadrados (m2). A maior parte dos empreendimentos (e das habitações) está a nascer em Faro, Lisboa, Málaga e Madrid.

Em causa está um estudo do “Branded Residences Monitor”, um observatório apresentado recentemente em Madrid. Segundo o mesmo, apesar de quase metade (46,8%) destes imóveis – associados a uma marca reconhecida e que oferecem vários serviços e elevados padrões de qualidade – serem de uso residencial, existe na Península Ibérica um equilíbrio entre este uso, o de uso turístico e o de uso misto.

É possível ainda concluir, por exemplo, que 62% da superfície/área de construção e 49% dos imóveis que estão a ser construídos encontram-se em território espanhol. E mais: Faro e a província de Málaga lideram o número de projetos e de volume em Portugal e Espanha, respetivamente, seguidos de Lisboa e Madrid. 

O preço de venda das branded residences mais caras em Portugal e Espanha aproxima-se dos 24 milhões de euros, indica o estudo. 

Sendo este um setor em expansão, mas ainda pouco conhecido, foi lançado, em Espanha, o projeto do observatório Branded Residences Monitor, precisamente para permitir contribuir para o aumento da profissionalização deste segmento do mercado nos dois países.  

“Tanto Espanha como Portugal estão sob o olhar dos investidores imobiliários residenciais e turísticos das branded residences, um segmento que oferece um grande potencial para ambos os países”, diz, em comunicado, Jesús Rodríguez Maseda, presidente do Branded Residences Monitor. 

E acrescenta: “Apesar desta expansão, estes imóveis são ativos cuja profundidade é desconhecida na Península Ibérica. Da necessidade de conhecimento nasce o observatório, que pretende ser a fonte de informação de referência para todos os intervenientes neste setor, através de dados objetivos, rigorosos e comprovados”.