O dinamismo do setor imobiliário começa a mostrar resultados no mercado de trabalho, com a criação de mais oportunidades de emprego. Este verão, só entre julho e agosto, os centros de emprego nacionais registaram um aumento de quase 1200 ofertas deste setor. E em causa estão muito mais do que ofertas para consultores imobiliários, registando-se procura por outras competências como engenheiros civis, arquitetos, profissionais da construção (nas várias especializações), diretores comerciais e de obra, gestores de projeto.
Entre janeiro e setembro deste ano o setor do imobiliário e construção gerou 9056 novos empregos em Portugal e as contas mais recentes da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário, citadas pelo Expresso, apontam para um total de 620 mil empregos no setor. Um número ainda distante dos 900 mil registados em 2000, mas que os especialistas olham com otimismo.
Os números do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) refletem a boa maré em que navega o setor. O relatório mensal do mercado de emprego, citado pelo semanário, revela que - apesar do setor das atividades imobiliárias ainda registar um nível elevado de desempregados inscritos (99.805)- , o número de ofertas de emprego disponíveis na área tem estado a aumentar.
Muito mais que consultores imobiliários
Mas não foi só a dinâmica de criação de emprego que mudou no imobiliário nos últimos ano. As exigências das empresas que contratam também. Profissionalização e qualificação tornaram-se nos últimos anos palavras de ordem num setor que há muito não se compadece com o amadorismo, segundo escreve ainda o jornal.
E, fruto desta crescente exigência, o imobiliário nacional tem conseguido atrair profissionais das mais diferentes áreas que procuram no setor uma oportunidade de reconversão profissional, nota o Expresso, rematando que professores, engenheiros, arquitetos, profissionais da banca, empreendedores e perfis de muitas outras origem fazem hoje carreira no imobiliário.
Construção: mais de 9.000 empregos criados desde janeiro
O setor da construção e do imobiliário foi um dos mais afetados pela crise, mas parece estar finalmente a dar sinais de retoma. A confirmar esta tendência estão alguns dados, como por exemplo o facto do setor ter gerado 9.056 empregos no primeiro semestre do ano.
Desemprego baixa para níveis de 2009
A taxa de desemprego foi de 11% no passado mês de agosto, segundo a estimativa provisória divulgada esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que reviu em baixa os valores de julho para 10,9%, face à estimativa inicial de 11,1%. O valor definitivo de julho da taxa de desemprego é assim o mais baixo desde junho de 2009, altura em que a taxa se fixou nos 10,8%.
Imobiliárias estão a recrutar professores desempregados
Há milhares de professores que estão no desemprego. E muitos, devido às suas competências – sabem falar línguas e têm capacidade de mobilização e de falar em público, por exemplo –, estão a virar-se para a área das vendas, nomeadamente no setor imobiliário. E as mediadoras parecem estar atentas a esta situação.
Quanto custa às empresas em Portugal cada hora de trabalho?
Em 2023, as empresas portuguesas gastaram, em média, 17 euros por cada hora trabalhada – incluindo custos salariais e outros gastos, como impostos e contribuições sociais –, segundo dados divulgados recentemente pelo Eurostat. Trata-se de um valor muito inferior ao registado na média da União Europeia (UE) e da Zona Euro: 31,8 e 35,6 euros, respetivamente. Portugal é, de resto, um dos países onde o valor é mais baixo (o 10º entre os Estados-membros da UE).
Custos das empresas com salários sobem 5,5% em Portugal no 4º trimestre
No quarto trimestre de 2023, os custos do trabalho por hora aumentaram 3,4% na Zona Euro, 4% na União Europeia (UE) e 5,7% em Portugal, face ao período homólogo, segundo dados do Eurostat. De referir que há duas grandes componentes nesses custos: os salários e os outros encargos. Relativamente aos ordenados, subiram 3,1% na Zona Euro e 3,8% no conjunto da UE em termos homólogos. Em Portugal, o crescimento foi ligeiramente superior: 5,5%.
Livro verde sobre relações laborais: o que é
O nosso quotidiano, enquanto sociedade, está muito diferente do que era noutras décadas, nomeadamente no século passado. A revolução digital tem-se sentido nos últimos anos. Atualmente, a inteligência artificial e a automação estão a transformar o mercado trabalho.
Taxa de desemprego mantém-se em 6,5% – está mais baixa que há um ano
A taxa de desemprego em Portugal foi de 6,5% em janeiro, sendo idêntica à registada em dezembro e inferior à verificada no período homólogo (7%), segundo dados provisórios divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quinta-feira (29 de fevereiro de 2024).
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