
É a tua hora de sair. Já fizeste todo o trabalho de hoje e até conseguiste adiantar temas pendentes. Queres ir embora, mas em vez disso ficas a fazer tempo, para tentar ganhar pontos junto dos chefes. Soa-te este cenário? Um recado para as empresas: trabalhar mais horas não significa produzir mais e os riscos da carga horária laboral excessiva não apenas doenças físicas, mas também do foro psíquico, com sintomas depressivos, ansiedade, perturbações do sono.
Esta é a opinião do psiquiatra Pedro Afonso. O médico, também professor de psiquiatria na Faculdade de Medicina de Lisboa, no Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica e na AESE-Business School, fala mesmo numa nova forma de “esclavagismo”, do mundo moderno, segundo escreve o Expresso.
Quando a tecnologia, criada para nos facilitar a vida profissional e nos devolver tempo de descanso, nos transforma em funcionários a tempo inteiro e quando a pressão para estarmos sempre disponíveis faz com que se olhe de lado para o colega que respeita o horário de saída, acusando-o de ser pouco empenhado, a solução pode residir na capacidade de as empresas assumirem um compromisso ético, que respeite o tão necessário período de lazer e promova uma saudável vida familiar.
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