Conselho de Ministros decidiu esta 5ªfeira acabar com esta opção e com a testagem em locais com mais de 150 trabalhadores.
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Teletrabalho
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Em vigor desde que a pandemia chegou, a recomendação do teletrabalho chega agora ao fim em Portugal, com o estado epidemiológico do país a melhorar. A decisão foi tomada em Conselho de Ministros esta quinta-feira, dia 23 de setembro de 2021, e tem efeitos a partir do próximo dia 01 de outubro, quando o país deixa de estar em estado de contingência para passar a situação de alerta. A iniciativa do Governo de acabar com a recomendação do teletrabalho faz parte do plano de desconfinamento em curso. 

Na conferência de imprensa realizada esta quinta-feira, no final do Conselho de Ministros, o primeiro-ministro, António Costa, fez questão de sublinhar que o país vai entrar numa fase em que deixa de estar condicionado por restrições impostas por lei, para entrar numa etapa que assenta essencialmente na responsabilidade de cada pessoa.

É que, tal como disse o primeiro-ministro, apesar de poder ser considerada como controlada, a pandemia não acabou, além de que o calendário avança para uma época mais fria, em que as infeções respiratórias são mais comuns.

Também ontem, dentro do pacote de medidas que integram a terceira e última fase do plano de desconfinamento, o Governo decidiu eliminar a testagem obrigatória em locais com mais de 150 trabalhadores. 

Teletrabalho deixa de ser recomendado a partir de 1 de outubro
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Em agosto passado já tinha sido dado um passo no sentido da redução do recurso ao teletrabalho, com o Governo a decidir que esta modalidade deixava de ser obrigatória nos concelhos de maior risco passando apenas a ser recomendada em todo o território continental.

Quase um em cada quatro trabalhadores em Lisboa esteve em teletrabalho

A crise pandémica obrigou milhares de trabalhadores a exercerem as suas funções à distância. De acordo com os dados publicados também esta quinta-feira pelo Eurostat e analisados pelo ECO, em média, na União Europeia, 12% dos trabalhadores trabalharam retomatamente, em 2020. Na Área Metropolitana de Lisboa, essa fatia foi quase o dobro: 23%. Ou seja, quase uma em cada quatro pessoas que trabalham nesta região esteve em teletrabalho, num ano em que foi obrigatório, durante vários meses.

Teletrabalho deixa de ser recomendado a partir de 1 de outubro
Eurostat

Dentro do espaço comunitário, foi Helsínquia (capital da Finlândia) a região que registou a maior fatia de população empregada em teletrabalho (37%). Nesse pódio, aparecem, depois, duas regiões belgas: a província de Brabante Valão (27%) e Bruxelas (26%).

A Área Metropolitana de Lisboa (com 23% da população empregada em teletrabalho) aparece mais abaixo na tabela, no grupo de regiões onde cerca de um em cada quatro de trabalhadores trabalharam de casa, a par, por exemplo, do Luxemburgo (23%) e de Viena (24%).

Em contraste, trabalhar a partir de casa foi menos comum nas regiões do Oriente e Sul da União Europeia. Assim, em 2020, menos de 5% da população empregada experimentou o teletrabalho, com regularidade, nas regiões da Croácia, Chipre, Letónia e Bulgária.

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