
O número de pessoas com mais de um emprego não para de aumentar em Portugal, sendo esta, seguramente, uma forma das famílias tentarem aumentar a folga orçamental em tempos de inflação alta e consequentemente perda de poder de compra. Os números mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que, no primeiro trimestre, o número de pessoas com “atividade secundária” aumentou 4,5% face aos três meses anteriores.
Segundo o Jornal de Negócios, que se apoia nos dados do gabinete nacional de estatísticas, o número de trabalhadores que acumulam, pelo menos, dois trabalhos registou um aumento significativo nos dois últimos trimestres, tendo-se verificado o valor mais alto da série entre janeiro e março deste ano: encontram-se nesta situação 255 mil pessoas, o equivalente a 5,2% da população empregada.
A necessidade de encontrar uma segunda atividade ganha força em períodos de crise, como a que se vive atualmente, com os salários auferidos por muitas pessoas a não serem suficientes para fazer face às despesas. Já tinha sido assim na Troika e na pandemia, escreve a publicação, salientando, no entanto, que muitos destes trabalhos acabam depois por ser destruídos.
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