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Desinvestimento na construção e imobiliário é "preocupante" para o setor, diz CPCI
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A Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) diz estar preocupada com o comportamento "profundamente negativo" do investimento no setor, que registou uma quebra de 24% no primeiro semestre deste ano, face ao mesmo período de 2015, sendo que o Governo previa um crescimento de 4,8%.

Para ajudar a enfrentar esta situação, a CPCI reclama "a imediata concretização de medidas urgentes", alertando na sua página que "os dados revelados pelo INE, relativos à evolução do PIB português na primeira metade do corrente ano, conseguiram surpreender pela negativa, ao apresentar uma evolução muito negativa do investimento", referindo-se à quebra de investimento na construção, de 4,4%, a pior desde 2014.

O presidente da confederação, Reis Campos, considera que "estes números são um alerta preocupante que não podem deixar ninguém indiferente, em especial o Governo, que tem demonstrado preocupação com a situação do setor, mas que precisa de acelerar a implementação das soluções que, em conjunto com a Confederação, reconheceu ser necessário concretizar".

E salienta que "não estamos minimamente satisfeitos com a evolução do investimento público o qual, tal como temos vindo a alertar, bate mínimos históricos mês após mês e atingiu um patamar tão reduzido que, não só impede o Estado de cumprir o seu papel de dinamizador da economia, como nos começa a levantar sérias dúvidas sobre a sua real capacidade em conseguir manter as suas infraestruturas e edifícios em adequadas condições de funcionamento e segurança".

Nas palavras do responsável que representa o setor da construção e do imoiliário, "a verdadeira surpresa surge do lado do investimento privado, que começa a dar indicações de um abrandamento que não pode ser ignorado".

Reis Campos reitera ainda, mais uma vez, a necessidade de "maximizar as oportunidades de captação dos fundos comunitários", como a execução do Portugal 2020, ou os compromissos assumidos como a concretização do PETI – Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas, do IFFRU, do Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado, ou o Casa Eficiente, entre outros.

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