Os concursos de obras públicas promovidos caíram em agosto pelo oitavo mês seguido, acumulando uma quebra homóloga de 24% desde início do ano, para 1.597 milhões de euros. Em causa estão dados que constam na edição de setembro do Barómetro das Obras Públicas da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN).
“Trata-se do oitavo mês consecutivo com registo significativamente negativo ao nível do lançamento de concursos de empreitadas de obras públicas”, refere a entidade em comunicado.
No que diz respeito ao total de contratos celebrados no âmbito de concursos públicos e reportados no Observatório das Obras Públicas nos primeiros oito meses do ano, foi de 954 milhões de euros, mais 13% face a 2017. “Apesar de se verificar um comportamento positivo face ao andamento dos contratos promovidos, a verdade é que o diferencial entre ambos permanece extremamente elevado, com diferencial entre a contratação reportada e os concursos de empreitadas lançados a situar-se cerca de 643 milhões de euros, desde o início do presente ano”, conclui a AICCOPN.
Já os contratos celebrados através de Ajuste Direto e Consulta Prévia somaram um total de 388 milhões de euros, menos 25% que no período homólogo. “No seu conjunto, o volume total de contratos celebrados e registados no Observatório das Obras Públicas até final de agosto de 2018 situa-se nos 1.437 milhões de euros, o que traduz um decréscimo de 1% em termos homólogos”, lê-se no documento.
Concursos de obras públicas promovidos caem 58% nos dois primeiros meses do ano
O valor total de concursos de obras públicas promovidos entre janeiro e fevereiro deste ano alcançou 178 milhões de euros. Trata-se de uma queda de 58% face ao registado em igual período de 2017, altura em que o volume de obras levadas a concurso totalizou 420 milhões de euros.
Travão nas obras públicas em janeiro: concursos promovidos e contratos celebrados em queda
No primeiro mês de 2018, foram promovidos 82 milhões de euros em concursos de empreitadas de obras públicas, menos 61% que no mesmo mês do ano passado e menos 72,6% que no mês anterior, dezembro de 2017. Trata-se, de resto, do valor mensal mais baixo desde novembro de 2015.
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