Nem Rui Moreira nem o Governo estão dispostos a travar construção na cidade do Porto.
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El Corte Inglés Boavista
El Corte Inglés em Gaia Google Maps

O projeto imobiliário do El Corte Inglés para os terrenos da antiga estação ferroviária da Boavista, no Porto, vai mesmo andar para a frente. O presidente da Câmara Municipal da Invicta confirmou que não existe margem para reverter o negócio, afastando a hipótese de ali instalar um jardim público.

Foi no ano 2000 que contrato entre o grupo espanhol e a Infra-estruturas de Portugal (IP) foi selado. E, depois a aprovação do Pedido de Informação Prévia (PIP) pela Câmara Municipal do Porto (CMP) em outubro de 2020, o projeto – que já foi reformulado - vai mesmo avançar. Trata-se da construção de grande armazém comercial, um hotel e um edifício de habitação, comércio e serviços naquele terreno, junto à rotunda da Boavista.

Reverter o negócio está fora de questão, referiu Rui Moreira, presidente da CMP, em entrevista ao jornal Público, dizendo que para a autarquia o processo iria abrir uma “caixa de pandora de problemas”.

El Corte Inglés Boavista
Terrenos onde vai ser construído o projeto do El Corte Inglés Google Maps

Também em março de 2021, recorde-se, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, admitiu que o Governo não vai “incumprir ou rescindir um contrato que teria um custo desproporcional para o Estado e para IP”, isto porque “não só a IP teria de devolver os 20 milhões de euros” que o El Corte Inglés já pagou, como teria de pagar “uma indemnização que, em última instância, podia atingir o mesmo valor”, citou a agência Lusa.

Com a autarquia e o Estado a colocar de lado a hipótese de travar a construção deste projeto imobiliário na cidade do Porto, fica também afastada a hipótese de, neste terreno, nascer um novo jardim público, alternativa pedida por um grupo de cidadãos - que criou uma petição online -, e ainda proposta por Rui Moreira em 2013.

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