É um dos negócios imobiliários mais enguiçados no país. Falamos do projeto que o grupo espanhol El Corte Inglés (ECI) tem previsto para os terrenos da antiga estação ferroviária da Boavista, no Porto. A autarquia aprovou um Pedido de Informação Prévia (PIP) submetido pelo ECI, aceitando que a área mais que dobrasse a capacidade construtiva – passou para pouco mais de 96.000 metros quadrados (m2) –, mas para o negócio sair do papel terá de haver cedências, tendo a cadeia espanhola prescindido de dois lotes de habitação.
Segundo o Público, a proprietária dos terrenos, a Infra-estruturas de Portugal (IP), com quem o ECI tem um contrato promessa de compra dos lotes, pediu uma reavaliação dos valores da aquisição fixados em 2000. O resultado é que os terrenos valem agora mais dinheiro: anteriormente valiam cerca de 29 milhões de euros e com a nova revisão valem 52,6 milhões.
Desta forma, e para avançar com o negócio, o ECI teve de prescindir de dois lotes que ficam na posse da IP e estão agora reservados para habitação pública, escreve a publicação, adiantando que os planos da empresa espanhola terão de ser mais uma vez refeitos.
De acordo com o Público, o ECI prescindiu de dois dos lotes para os quais tinha previsto construir, ao todo, 100 fogos – 50 em cada –, que se mantêm na posse da IP. Fica a sobrar, desta forma, o lote onde serão construídos o centro comercial e o hotel. À IP, o grupo espanhol ainda terá de pagar 8,8 milhões de euros, isto além dos cerca de 20 milhões dados de sinal.
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