A linha terá 11,5 quilómetros (km) e 17 estações entre o Hospital Beatriz Ângelo e o Infantado, em Loures.
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Linha Violeta metro
Linha Violeta - Metro Lisboa
Lusa
Lusa

O concurso público para a construção da Linha Violeta do Metropolitano de Lisboa foi lançado. O metro ligeiro de superfície entre Odivelas e Loures deverá estar operacional em 2026 e custará 527 milhões de euros.

Além do lançamento do concurso na plataforma de contratação pública na passada sexta-feira, 15 de março de 2024, decorreu também a assinatura do protocolo de colaboração entre o Metropolitano e os municípios de Loures e Odivelas, no distrito de Lisboa.

Segundo o concurso público, a nova linha Violeta custará 527 milhões de euros (já com IVA), 390 dos quais através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e 137,3 milhões de euros (ME) financiados pelo Orçamento do Estado.

A linha terá 11,5 quilómetros (km) e 17 estações (12 delas à superfície, três subterrâneas e duas em trincheira), entre o Hospital Beatriz Ângelo e o Infantado, em Loures, com ligação ao centro de Lisboa a partir da atual estação de Odivelas.

Vai servir as freguesias de Loures, Santo António dos Cavaleiros e Frielas, no concelho de Loures, com nove estações numa extensão de 6,4 km.

No concelho de Odivelas serão construídas oito estações que servirão as freguesias de Póvoa de Santo Adrião e Olival de Basto, Odivelas, Ramada e Caneças, numa extensão total de 5,1 km.

Na sessão de lançamento, o presidente do Metropolitano de Lisboa, Vítor Domingues dos Santos, considerou que a nova linha mudará o paradigma da mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa (AML), já que poderá depois expandir-se para outros concelhos na zona norte de Lisboa.

Também o ainda secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, sublinhou que “este processo de investimento na área da mobilidade não pode parar aqui”.

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Linha Violeta - Metro Lisboa

“Temos um modelo de mobilidade que não é, eu diria, compatível com a imagem que gostaríamos de ter de nós próprios no século XXI”, afirmou, salientando que a mobilidade em viatura própria gasta demasiados recursos, nomeadamente combustíveis fósseis, e é pouco eficiente do ponto de vista económico e ambiental, já que os transportes são responsáveis ​​por 25% das emissões de CO2 e “não haverá transição climática sem uma ação direta sobre este setor”.

O governante destacou que, nesta área, estão em curso ou comprometidos mais de 6 mil milhões de euros, ou mais de 2,5% do PIB nacional, um investimento “que não tem paralelo com alguma coisa que se tenha feito na área da mobilidade no passado”.

“E é isto que é preciso continuar a fazer. Não há alternativa, não há uma alteração dos padrões de mobilidade sem fazer do transporte público a espinha dorsal do sistema”, disse. Jorge Delgado realçou também que se aproxima a fase de “ver os frutos dessas opções estratégicas”.

Ricardo Leão, presidente da Câmara de Loures, destacou que a Linha Violeta é uma obra esperada há tanto tempo pelos moradores de Loures que estes “já estavam descrentes” na solução.

Loures é um dos concelhos que mais viaturas faz entrar na cidade de Lisboa e as nove estações permitirão uma nova forma de mobilidade, não só para Lisboa, como para os circuitos internos do concelho, sublinhou.

Hugo Martins, presidente da Câmara de Odivelas, considerou que este é “um dia histórico” para a mobilidade da área norte da AML, sublinhando que, para o seu concelho, os ganhos são sobretudo de menor pressão de tráfego e mais estacionamento, porque “o novo metro apanha os utentes em Loures mais a montante”, melhor acesso ao hospital Beatriz Ângelo, menor ruído e menos emissão de gases para a atmosfera, o que permitirá cumprir também metas ambientais.

Os concorrentes têm um prazo de 120 dias para a apresentação de propostas neste concurso, contado da data do envio do anúncio para publicação no Jornal Oficial da União Europeia (JOUE).

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