Obra foi adjudicada a consórcio liderado pela Mota-Engil – Engenharia e Construção. Linha vai ligar São Sebastião a Alcântara.
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metro de Lisboa
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Lusa
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O Metropolitano de Lisboa aprovou a adjudicação da conceção e construção da extensão da Linha Vermelha entre São Sebastião e Alcântara à Mota-Engil – Engenharia e Construção e à Spie Batignolles Internacional, por quase 321,9 milhões de euros (mais IVA).

Em comunicado, a transportadora anunciou esta terça-feira (5 de dezembro de 2023) que foi aprovada na segunda-feira a adjudicação da empreitada de conceção e construção da extensão da Linha Vermelha a Alcântara à Mota-Engil – Engenharia e Construção e à Spie Batignolles Internacional – Sucursal em Portugal pelo preço global de 321.888.000 euros, acrescido de IVA à taxa legal.

Na nota é explicado que o concurso público para o prolongamento da linha do metro a Alcântara foi publicitado no Jornal Oficial da União Europeia em 1 de fevereiro, com o preço base fixado em 330 milhões de euros (mais IVA).

No concurso apresentaram propostas mais quatro concorrentes:

  • FCC Construcción, SA, Contratas Y Ventas, SAU e Alberto Couto Alves, SA;
  • Teixeira Duarte – Engenharia e Construção, SA, Casais – Engenharia e Construção SA, Alves Ribeiro, SA, Tecnovia – Sociedade de Empreitadas, SA, EPOS – Empresa Portuguesa de Obras Subterrâneas, SA e Somafel – Engenharia e Obras Ferroviárias, SA;
  • Acciona Construcción, SA e Domingos da Silva Teixeira, SA;
  • Zagope – Construções e Engenharia, SA, Comsa Instalaciones Y Sistemas Industriales, SA, Comsa, SA e Fergrupo – Construções e Técnicas Ferroviárias, SA.

O Metropolitano informou que a assinatura do contrato “ocorrerá decorridos os prazos legais e a tramitação subsequente, nos termos do regime fixado no Código dos Contratos Públicos”.

O custo total elegível para o prolongamento da Linha Vermelha da estação de São Sebastião a Alcântara é de 405,4 milhões de euros, previsto no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) 2021-2026, e conta com um investimento europeu de 304 milhões de euros e um apoio financeiro nacional de 101,4 milhões.

O prolongamento da Linha Vermelha a Alcântara “irá servir zonas com forte atração e geração de viagens, com significativa densidade habitacional e de emprego, escolas, comércio e serviços, assim como alvo de grande reabilitação urbanística, como é exemplo a zona de Alcântara”, lê-se na nota.

Mais de 4 kms de linha e 4 novas estações 

Em mais cerca de quatro quilómetros da linha com início no aeroporto de Lisboa estão projetadas quatro novas estações – Amoreiras/Campolide, Campo de Ourique, Infante Santo e Alcântara –, e esta última fará a ligação à futura Linha Intermodal Sustentável (Lios Ocidental), promovendo a ligação ao concelho de Oeiras.

Segundo o Metropolitano, “estima-se que a procura diária captada nas quatro estações que integram este prolongamento corresponderá a um acréscimo de 4,7% de clientes em toda a rede, cerca de 87,8% do acréscimo de procura estimado corresponde aos atuais utilizadores do transporte coletivo”.

A procura captada aos atuais utilizadores de transporte individual “representa 11,8%”, correspondendo a menos 3.700 viaturas individuais a circular diariamente, “com ganhos de tempos de 72%, dos quais 53,2% correspondem aos atuais utilizadores” e, considerando a análise a 30 anos, “as emissões evitadas ascenderão a 175,6 mil toneladas de CO2”, adiantou a empresa.

“Estima-se, ainda, que a transferência de passageiros dos modos rodoviários para o metro de Lisboa permitirá evitar a emissão de 6,2 mil toneladas de CO2 equivalente (CO2) no primeiro ano de operação”, é referido.

O plano de expansão do Metropolitano tem como objetivo, contribuir para a melhoria da mobilidade na cidade de Lisboa, “fomentando a acessibilidade e a conectividade em transporte público, promovendo a redução dos tempos de deslocação, a descarbonização e a mobilidade sustentável”, concluiu.

O Metropolitano tem a “expectativa” de que a extensão da Linha Vermelha “seja uma realidade em 2025/2026”.

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