Portugal registou a criação de 32.422 novas empresas desde início de 2025, enquanto as insolvências desceram 8 pontos percentuais.
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Setor da construção
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Cátia Colaço
Cátia Colaço (Colaborador do idealista news)

A criação de empresas em Portugal registou um aumento, desde início de 2025 até final do mês de julho, de mais 263 constituições, ou seja, +0.8% face a período homólogo do ano passado, o que em números totais de novas empresas se traduz em 32.422. Os setores do imobiliário e da construção impulsionaram este crescimento.

Segundo a Informa D&B, que cita publicações de atos societários efetuados no portal Citius do Ministério da Justiça até 4 de agosto deste ano, mais de metade dos setores registaram aumentos na constituição de novas empresas, sobretudo as Atividades imobiliárias (+22%; +697 constituições) e a Construção (+11%; +410 constituições), setores esses que têm aumentos consecutivos há nove meses. Dentro destes setores, há ainda que destacar as ‘Atividades de compra e venda de bens imobiliários’ e a ‘Construção de edifícios residenciais e não residenciais’.

Há ainda que referir os aumentos registados nas atividades de ‘Agricultura e pecuária’ (+26%; +209 constituições) e ‘Serviços de apoio às empresas’ (+3,4%; +147 constituições).

Em sentido contrário, é no setor dos Transportes que se regista a maior descida na criação de empresas, com menos 731 constituições, o que corresponde a -24%, especialmente no que se refere às ‘atividades de serviços de transporte de passageiros, a pedido, em veículo com condutor’. 

Também o setor do Retalho registou uma descida de -305 constituições (-10%), assim como o dos Serviços Gerais, com -200 constituições (-4,2%). No que toca ao Retalho, o maior destaque vai para a área alimentar (-37%; -241 constituições), sobretudo no ‘Comércio a retalho não especializado, por correspondência ou via Internet, com predominância de produtos alimentares, bebidas e tabaco’. Já no que respeita aos Serviços gerais, metade das atividades registaram descidas, com especial incidência nas atividades de Saúde, desporto e bem-estar (-4,4%; -117 constituições).

Em termos geográficos, foi a região do Oeste e Vale do Tejo que teve um maior aumento na criação de empresas (+9,3%; +175 constituições), seguindo-se o Centro (+3,9%; + 146 constituições) e o Norte (+2,9%; +286 constituições). Já nas maiores descidas, destaca-se o Algarve (-6,9%; -138 constituições), a Grande Lisboa (-2,8%; -272 constituições) e a Península de Setúbal (-0,9%; -22 constituições), números que se devem, especialmente, às descidas registadas no setor dos Transportes.

Encerramentos e insolvências registam descidas

Há boas notícias a registar, também, no que se refere a encerramentos e insolvências no país este ano. Até ao final do mês de julho, encerraram 5.963 empresas, o que se traduz numa descida face ao anterior semestre. Se formos um pouco mais atrás, analisando os últimos 12 meses, encerraram 13.478 empresas, o que significa menos 2.139 encerramentos (-14%) face aos 12 meses anteriores. Esta descida é transversal a todos os setores, com especial destaque para o Alojamento e Restauração (-20%; -355 encerramentos).

Entre janeiro e julho de 2025 houve 1.156 empresas a iniciar um processo de insolvência, número que se traduz numa descida de 8,3 pontos percentuais, ou seja, -104 insolvências relativamente ao período homólogo, o que são bons indicadores depois de dois anos consecutivos de aumentos. O setor das Indústrias foi o que registou a maior descida (-30%; -108 insolvências), nomeadamente na Indústria de Têxtil e moda (-45%; -100 insolvências).

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