O mercado laboral português tem registado uma queda no número de novas empresas no arranque de 2025. Mas não em todos os setores. O imobiliário e a construção estão em destaque, sendo dos únicos segmentos de atividade que registaram um aumento de novas empresas.
“Nos dois primeiros meses do ano, foram criadas em Portugal 9.804 novas empresas, o que corresponde a uma descida de 6,4% (-668 constituições de empresas) face aos dois primeiros meses de 2024”, começa por referir a Informa D&B em comunicado enviado às redações.
Analisando os setores de atividade, salta à vista que apenas três registaram um crescimento na constituição de empresas, entre os quais se destaca o imobiliário e a construção. Foram mesmo as atividades imobiliárias que tiveram um maior aumento (16%, +155 novas empresas), seguida da agricultura e outros recursos naturais (+27%; +84 constituições de empresas) e da construção (+0,1%; +1 constituição de empresa).
Nos outros setores, as quedas mais acentuadas na constituição de empresas foram observadas nos setores dos Transportes (-26%), Serviços gerais (-14%) e Tecnologias da informação e comunicação (-14%), referem ainda.
Encerramentos de empresas e insolvências a descer
Até final de fevereiro, encerraram 1.484 empresas e outras organizações em Portugal, “um registo abaixo do período homólogo, sendo que à data de hoje ainda existem publicações a ser efetuadas pelo Registo Comercial”, nota ainda a Informa D&B. Quer no imobiliário quer na construção foram registadas menos cerca de 40% de empresas a encerrar nos primeiros dois meses deste ano face ao mesmo período de 2024.
Neste período, 367 empresas iniciaram um processo de insolvência, o que corresponde a uma descida de 1,9% face ao período homólogo. “Para esta descida, que contraria a tendência de subida verificada nos últimos 2 anos, contribuem sobretudo os setores das Indústrias (-34%, - 41 empresas) e da Construção (-27%, - 14 empresas)”, referem. No caso das empresas imobiliárias não houve qualquer variação.
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