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mais de 90% das obras públicas foram adjudicadas sem concurso

reis campos, presidente da associação dos industriais da construção civil e obras públicas do norte (aiccopn), disse que os ajustes directos (obras adjudicadas sem a existência de concursos), que segundo a lei só devem ocorrer em casos específicos, passaram a ser regra em portugal. “em 2011, mais de 90% dos contratos celebrados foram por ajuste directo", referiu, salientando que o recurso excessivo “não garante a transparência” no sector nem salvaguarda “o interesse público”, sendo “uma prática preocupante que se generalizou no país”

de acordo com o site dinheiro vivo (dv), que se apoia em dados da aiccopn, dos 12.642 contratos celebrados no ano passado, 11.456 foram adjudicados por ajuste directo. no que diz respeito a valores, os ajustes directos representam cerca de 37% dos 1,868 mil milhões de euros do total de contratos públicos celebrados em 2011

segundo reis campos, mesmo em obras de grande dimensão, “onde se impunha ainda mais o concurso público”, também se “assistiu” a uma sistemática opção pelo ajuste direto”. “o recurso a este método em obras públicas superiores a um milhão de euros atingiu, o ano passado, 190 milhões de euros”, lamentou

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