José Cardoso Botelho, diretor-geral da Vanguard Properties, diz que Portugal está na moda e “passou a ser falado com respeito”.
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Donos da Infinity descartam bolsa: “Podemos é ter parceiros que queiram investir connosco”
idealista/news

A Vanguard Properties (VP) chegou a Portugal em 2016, tendo adquirido até à data cerca de 18 projetos. Uma aposta que é para manter, revela o diretor-geral da promotora imobiliária. Em entrevista ao idealista/news, José Cardoso Botelho descarta a hipótese da empresa vir a cotar em bolsa e deixa em aberto a possibilidade de fazer parcerias com outros investidores.

“O regime das Sociedades de Investimento e Gestão Imobiliária (SIGI) em Portugal era algo que já fazia falta e que já devia ter ocorrido há algum tempo. Nós, considerando que temos uma estrutura de família de investidores, não vamos abrir o capital a terceiros. O que podemos fazer é, em determinados casos, famílias que queiram connosco investir, fazê-lo através de uma Special Purpose Vehicle (SPV) ou de um fundo de investimento imobiliário”, começa por dizer o responsável.

"Estamos em processo de aquisição de 30% de uma sociedade gestora de fundos imobiliários e é esse o caminho que vamos seguir. Não estamos a pensar abrir em bolsa, podemos é ter parceiros, nomeadamente family offices, que queiram connosco investir"
José Cardoso Botelho, diretor-geral da Vanguard Properties

“Nós já temos um fundo, que vai desenvolver um grande projeto em Oeiras, e esse talvez seja o caminho que vamos percorrer. Estamos em processo de aquisição de 30% de uma sociedade gestora de fundos imobiliários e é esse o caminho que vamos seguir. Não estamos a pensar abrir em bolsa, podemos é ter parceiros, nomeadamente family offices, que queiram connosco investir. Temos recebido muitas manifestações de interesse por parte da famílias internacionais que querem investir com alguém que invista com eles”, acrescenta José Cardoso Botelho.

Quando questionado sobre o atual momento do mercado imobiliário nacional, o diretor-geral da VP responde de forma clara: “Portugal, apesar de ser um mercado pequeno, passou a ser bem visto no exterior. Não é só estar na moda, passou também a ser falado com respeito, coisa que tínhamos perdido em 2011. Hoje somos um exemplo, nesse aspeto é uma mudança radical. Atualmente não vale a pena uma empresa como a nossa investir um euro na promoção de Portugal, porque o país está vendido per si”. 

Um dos entraves à realização de mais e maiores negócios em Portugal é a falta de oferta de ativos/produtos de grande dimensão, visto que interesse há e muito, nomeadamente por parte de investidores internacionais. 

“O problema que às vezes temos é que grandes fundos institucionais não conseguem fazer negócio em Portugal, porque não há oportunidades com a dimensão necessária. Há muita gente que diz que quer investir mil milhões de euros em Portugal no mercado de arrendamento, e isso não acontece por causa da dimensão do nosso país”, conta, salientando que têm aparecido novos “operadores internacionais a investir com projetos de dimensão”, o que “é bom para o mercado”.

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